Farinha de trigo, açúcar e cocaína

Se um dia alguém resolver erigir um monumento em praça pública às boas intenções frustradas do pensamento científico, podia ser uma estátua monumental de um prato cheio de pó branco. Assim homenagearíamos de uma só vez três enganos cientificistas: a farinha de trigo refinada, o açúcar branco e a cocaína. Três pós acéticos e quase idênticos, três frutos do pensamento que dominou o último século e meio: o reducionismo científico. Três matadores de gente.

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Não é por acaso que os três são tão parecidos. Todos eles são o resultado de um processo de “refino” de uma planta – trigo, cana e coca. Refino! Soa quase como ironia usar essa palavra chique para definir um processo que, em termos mais precisos, deveria chamar-se “linchamento vegetal” ou algo assim. Basicamente se submete a planta a todos os tipos de maus-tratos imagináveis: esmagamento entre dois cilindros de aço, fogo, cortes de navalha, ataques com ácido. Até que tenha-se destruído ou separado toda a planta menos a sua “essência”. No caso do trigo e a da cana, o carboidrato puro, pura energia. No caso da coca, algo bem diferente, mas que parece igual. Não a energia que move as coisas do carboidrato, mas a sensação de energia ilimitada, injetada diretamente nas células do cérebro.

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Começou-se a refinar trigo, cana e coca mais ou menos na mesma época, na segunda metade do século 19, com mais intensidade por volta de 1870. No livro (que recomendo muitíssimo) “Em Defesa da Comida”, o jornalista Michael Pollan conta como a tal “cultura ocidental” adorou a novidade. Os cientistas ficaram em êxtase, porque acreditavam que o modo de compreender o universo é dividi-lo em pequenos pedacinhos e estudar um pedacinho de cada vez (esse é o tal reducionismo científico). Nada melhor para eles, então, do que estudar apenas o que importa nas plantas, e não aquele lixo inútil – fibras, minerais, vitaminas e outras sujeiras. Os capitalistas industriais também curtiram de montão. Um pó refinado é super lucrativo, muito fácil de produzir em quantidades imensas, praticamente não estraga, pode ser transportado a longuíssimas distâncias. A indústria de junk food floresceu e sua grana financiou as pesquisas dos cientistas, que, animadíssimos, queriam mais.

Sabe por que esses pós refinados não estragam? Porque praticamente não têm nutrientes. As bactérias e insetos não se interessam pelo que não tem nutriente.

Os três tem efeito parecido na gente. Eles nos jogam no céu com uma descarga de energia e, minutos depois, nos deixam despencar. Aí a gente quer mais. Como eles foram separados das partes mais duras das plantas – as fibras – nosso corpo os absorve como um ralo, de uma vez só. Seu efeito eletrificante manda sinais para o organismo inteiro, o metabolismo se acelera.  Aí o efeito vai embora de repente. E o corpo é pego no contrapé.

Cocaína, farinha e açúcar eram O Bem no final do século 19. Eram conquistas da engenhosidade humana. Eram a prova viva de que a ciência ainda iria conquistar tudo, de que o homem é maior do que a natureza, de que o progresso é inevitável e lindo. Cocaína era “o elixir da vida”. Nas palavras publicadas numa revista do século 19, “um substituto para a comida, para que as pessoas possam eventualmente passar um mês sem comer.” Farinha e açúcar davam margem a fantasias de ficção científica, como a pílula que dispensaria o humano do ato animal e inferior de comer.

O equívoco da cocaína ficou demonstrado mais cedo, já nas primeiras décadas do século 20. De medicamento patenteado pela Bayer, virou “droga”, proibida, enquanto exterminava uma população de viciados. A proibição amplificou seus males, transformando-a de algo que afeta alguns em algo que machuca o planeta inteiro, movendo a indústria do tráfico, que abastece quase todo o crime organizado e o terrorismo do globo.

Levaria muito tempo até que os outros dois comparsas fossem desmascarados. Até os anos 1990, farinha e açúcar ainda eram “O Bem”, enquanto “O Mal” era a gordura, o colesterol. Os médicos recomendavam que se substituisse gorduras por carboidratos e o mundo ocidental se entupiu de farinha e açúcar. Começou ali uma epidemia de diabetes tipo 2, causada pelas pancadas repentinas que farinhas e açúcar dão no nosso organismo. Começou também uma epidemia de obesidade. Sem falar que revelou-se que açúcar e farinha estão envolvidos no complô para expulsar frutas, folhas e legumes dos nossos pratos, o que está exterminando gente com câncer e doenças cardíacas. Como câncer e coração são as maiores causas de morte do mundo urbanizado, chega-se à constatação dolorosa: farinha e açúcar são na verdade muito mais letais do que cocaína. É que cocaína viciou poucos, mas açúcar e farinha viciaram quase todo mundo.

Agora os três pós brancos são “O Mal”. A humanidade está mobilizada para exterminá-los. Há até uma nova dieta vendendo toneladas de livros pela qual corta-se todos os carboidratos da dieta e come-se apenas gordura.

Em 1870, caímos na ilusão de que era possível “refinar” plantas até extrair delas o bem absoluto, apenas para nos convencermos décadas depois de que tínhamos criado o mal absoluto. Mas será que o problema não é essa mania humana de separar as coisas entre “O Bem” e “O Mal” em vez de entender que o mundo é mais complexo que isso e que há bem e mal em cada coisa? Trigo, cana e coca, se mastigados inteiros – integrais – são nutritivos e inofensivos e protegem contra doenças crônicas. Precisamos parar de tentar “refinar” a natureza e entender que ela é melhor integral.

90 comentários
  1. carlos disse:

    Denis, suas conclusões não são científicas. Açucar e trigo não tem bactérias porque geralmente não tem aguá. Se vc umidecer ambos verá formar colônias de microorganismos em pouco tempo.
    A comida do futuro será a transgênica, que terá os nutrientes e fibras desejáveis e excluirá as toxinas.
    A tecnologia e a ciência são o bem. A ignorância e a ideologia são o mal.

  2. denis rb disse:

    Sim, carlos, são alimentos desidratados, e obviamente isso faz bastante diferença. Mas a farinha integral e o açúcar mascavo também não contêm água, e atraem muito mais insetos e microorganismos que os equivalentes refinados. No caso da farinha, o que faz a diferença é o gérmen de trigo, que contêm um óleo bastante nutritivo (e amarelado, daí a diferença na cor da farinha). A farinha refinada permitiu o transporte do alimento por grandes distâncias – até 1870, na Europa, cada vilarejo tinha que ter seu moinho.

  3. Marcelo disse:

    Neste contexto a maconha (sim ela mesma… sempre no pedaço…) é consumida quase inteira, sem aditivos químico, tratamento de ácido, surra com cilindros, choque elétrico ou qualquer coisa que se faz para se obter outras drogas não é mesmo?

  4. Francisco disse:

    Você esqueceu do quarto pó branco que mata : O SAL
    Agora, que arroz integral e demais grãos integrais são muito mais nutritivos, saborosos
    e saudáveis não há dúvida. Pela manhã eu como granola com frutas e sou
    muito saudável, e no lugar do açucar uso um pouquinho de mel.

  5. Rafael disse:

    Concordarei com o Carlos.
    Iria escrever 1 comentário relativamente parecido, mas ele esclareceu todos os pontos.
    Entretanto, foi um bom post, Denis. Principalmente no trecho que diz: entender que o mundo é mais complexo (do que BEM e MAL).

  6. Felipe Maddu disse:

    Carlos, ignorância é engolir a falácia dos trangênicos sem refletir nem saber se é tão “comida do futuro” assim!

  7. Bruno disse:

    Mais verdade impossível: ” A proibição amplificou seus males, transformando-a de algo que afeta alguns em algo que machuca o planeta inteiro, movendo a indústria do tráfico, que abastece quase todo o crime organizado e o terrorismo do globo.” Muito bom o texto todo, não concordo com tudo, mas é aí que estáo cerne da complexidade 😀 Como Francisco,gosto de usar mel para adoçar, mas prefiro nos chás, também concordo com o Carlos, não dá para demonizar os trangênicos. Já ouviram falar do desenvolvimento de culturas perenes? Dêem uma olhada nesse artigo da SCIAM Brasil: http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/agricultura_do_futuro_um_retorno_as_raizes__imprimir.html
    A idéia é brilhante!

  8. carlos disse:

    Denis, me interessei pelo vaporizador. Isso é tecnologia. O natural, fumaça, faz mais mal.
    Conheço um pouco de agricultura e posso afirmar que se o sistema de produção fosse orgânico e natural, o mundo todo já estaria devastado e passando fome. Só a ciência nos salvará.

  9. mateus disse:

    Maddu.

    Não exite nenhuma prova científica de que alimentos transgênicos possam causar problemas de saúde. E no futuro poderá se produzir alimentos mais nutritivos através deles.

  10. Manu disse:

    É a velha história: o ser humano é tão egoísta que tenta mudar a natureza das coisas para benefício próprio e acaba se matando. O mundo é um só e não existe O Bem e nem O Mal, existe mesmo é a forma como que cada um faz com aquilo que tem.
    Muito bem pensado, Dênis.

    Abração.

  11. carlos disse:

    Denis, quero dizer que concordo que uma comida saudável é melhor que uma saturada ou refinada com químicas, etc. Mas como diria Drumoum, tem uma picanha no caminho, mais, vinho , tabaco, etc…, tudo que faz mal. Mas como é bom.

  12. Heitor disse:

    Quem gosta de maconha é maconheiro?

  13. Bruno H. disse:

    Concordo com o Carlos, no primeiro post.
    Ficou forçado comparar cocaína, ao açúcar e a farinha.

  14. Vilmar Milagre disse:

    Concordo contigo,o chá de coca é como um ché preto ou chá verde.Bem que o Brasil podería vender este chá; é bem saudavel.Todos os povos andinos fazem uso dele.

  15. Danielle disse:

    Mudanca de mentalidades sempre trazem solucoes e mais problemas. Nesse mesmo periodo em que se refinou os alimentos, com base no reducionismo cientifico, tambem se desenvolveram antibioticos, lavagem das maos dos medicos e enfermeiras nos partos, e outras tecnicas e remedios que permitiram que a mortalidade infatil decrescesse estupidamente e a expectativa de vida aumentasse muito. Concordo que qualquer extremo leva a um problema, simplesmente porque o extremo elimina as alternativas que as outras posicoes tambem tem. Mas tudo tem seu tempo. Ate porque alimentos mais “transportaveis” foram extremamente importantes para colonizacao de paises como Brasil, EUA, com um interior grande, e relativamente despovoado. Sem esse reducionismo cientifico, nao teriamos 6 bilhoes de pessoas na Terra, e sim provavelmente menos de 1 bilhao, vivendo menos, pior, e mais doente. O ponto ruim da defesa extrema desses pontos de vista eh que, no fundo, a defesa extremada eh sempre reacionaria, porque nao permite que o outro ponto de vista seja expresso e uma sintese entre os pontos de vista seja feita. Vide destruicao de lavouras transgenicas e defesa radical de producao organica. Nenhuma delas embasada em argumentos serios de que sao coisas nocivas para o ser humano, e quem fomenta esses movimentos, os tubaroes por tras disso, estao interessados em mais mortalidade entre os pobres, usando “modernidades engajadas” como anti-transgenicos e ante-agricultura tradicional para promover uma politica eugenica em relacao aos mais pobres.

  16. Mireile disse:

    Vale a pena ressaltar: os brasileiros adorariam consumir produtos como o açúcar mascavo, farinha integral, etc e tal mas e o preço? Infelizmente não faz parte da realidade de quem ganha um salário de R$465!

  17. Kaleli Torres disse:

    Cara! Só venho lhe falar que foi um prazer inigualavel ler sua materia e indiretamente lhe conhecer. Até o meu retorno.

  18. Eduardo disse:

    Cara, chega de falar em drogas. Depois a sociedade vem com seus estereotipos sobre ecologistas e daí não adianta reclamar.

  19. denis rb disse:

    Eduardo:
    1. Não posso garantir. O critério para escolha de assuntos aqui é absolutamente pessoal.
    2. Sempre adianta reclamar.

    Só tem um jeito de mudar atitudes: enfrentando-as.

  20. Paulo disse:

    Denis, Lendo esse texto, muito bem feito, é impossível não fazer uma comparação direta com os alimentos trangênicos hoje em dia.

    Por mais que se defenda seu uso “em nome do combate à fome”, ninguém sabe ainda os efeitos desse tipo de alimentação sobre o ser humano e meio ambiente.

    Mundam os “atores”, mas a história se repete…

  21. AndréT disse:

    Há-há-há.
    Concluir que cana e coca quando ingeridos integrais são inofensivos. Só rindo.

  22. AndréT disse:

    Cara,

    Essa conversinha de que tudo é culpa dos cientistas e capitalistas malvados é coisa pra jardim da infância (e pra estudantes de jornalismo e sociologia também).
    É a evolução. Ou você quando come um belo espaguete, ou mesmo um simples pãozinho, soca o pilão todo dia?
    Quem tem que trabalhar não pode ter estes luxos socialistas.
    Quem nasceu primeiro? Os cientistas e capitalistas malvados ou o povo do mundo inteiro que tem que comer, tomar vacina, remédio, usar computador, telefone, comer, comer, comer???

  23. Felipe Maddu disse:

    Não mag ina, quem manda no mundo? Somos nós meros “peões” nesse jogo? E eu sou estudante de jornalismo mesmo, não fiz engenharia só pela grana.

  24. denis rb disse:

    Ai, ai, ai
    Impressionante como, qualquer que seja o tema tratado, sempre aparece alguém para tentar transformá-lo no assunto mais chato do mundo: o duelo entre esquerda e direita. Que preguiça incrível disso.
    Verdade que eu dei mole dessa vez, ao usar a palavra “capitalistas”, quando poderia ter dito simplesmente “a indústria de junk food”. Aí incitei o pessoal que estava só esperando para me acusar de chavista.

    Não tem nada de socialista no modelo que eu apóio para a produção de comida: pequenos produtores altamente especializados, muita competição, muita qualidade, muito empreendedorismo. Em vez de depender das grandes empresas monopolistas. Nada é mais parecido com um governo comunista do que uma corporação monopolista.

  25. denis rb disse:

    Apareceu aqui algumas vezes um assunto interessante: comida de qualidade é cara. Não dá para alimentar o mundo com orgânicos.

    Verdade.

    Sem a “revolução verde” (o emprego de técnicas industriais para a produção de alimentos), certamente não estaríamos caminhando hoje para as 7 bilhões de pessoas na Terra. Mas os comentários mais uma vez incorrem no equívoco de dividir o mundo entre o bem e o mal. O fato de a revolução verde ter nos trazido aonde estamos hoje não significa que não possamos ver as limitações dela. Com o avanço da ciência, descobrimos os micronutrientes, antes desconhecidos. E está claro que a carência de micronutrientes está por trás da epidemia global de obesidade e da explosão das chamadas “doenças da civilização” (coração, câncer, diabetes etc).

    Eu sei que orgânicos e outros alimentos com procedência conhecida custam mais caro. E eu estou disposto a pagar mais para tentar evitar uma doença terrível no futuro (tratar doenças crônicas custa muito mais caro do que comprar tomates orgânicos). Infelizmente, vivo num país que não respeita esse tipo de decisão individual: por exemplo, sou forçado a comer transgênicos, porque ninguém consegue garantir a ausência deles.

  26. Canibal Salivans disse:

    Puxa, será o ressurgimento da imprensa se fizerm um papel de maconha. Mas nem dará tempo de ler.

  27. denis rb disse:

    Caro AndréT,
    Não entendi as risadas. Há problemas de saúde associados ao consumo de cana e coca integrais? Se há, vc pode por favor me passar as referências, para que eu possa corrigir eventuais erros?

  28. Mariana disse:

    Oi Denis!

    Desculpa mudar de assunto (nem precisa publicar o comentário), mas você viu que foi publicada hoje lei estadual (SP) determinando que a entrega de produtos ou prestação de serviços seja feita em turnos pré-determinados (manhã, tarde, noite)? Não foi ideal (melhor seria estabelecimento de horário), mas ajuda bastante. Lembrei imediatamente de você!

  29. AndréT disse:

    Blasé e preconceituoso.

    Se você não queria ter escrito o caminhão de preconceitos e bobagens que escreveu, por que escreveu, se é escritor?
    Quem afirmou e reafirmou a nulidade chata foi você no seu texto. Volte lá e veja.
    Este espaço de comentários é só para os puxa-sacos? Beleza.
    Pior que a questão do capital é o preconceito babaca contra os cientistas.
    Quem faz farofa com o trabalho científico sério é a MÍDIA a qual você pertence. Essas dietas de coluna social não têm nada haver com ciência. Falando nisso, aprenda, sacarose é sacarose e alcalóide é alcalóide. A ignorância e a ideologia são o mal como disse o 1º comentarista.

  30. denis rb disse:

    Preconceito nenhum, AndreT. Sou um apaixonado por ciência e minha lista de ídolos tem mais cientistas do que qualquer outro tipo de gente. Meu texto não critica a ciência ou o método científico. Critica uma ideologia nascida no establishment científico do século 19: o reducionismo científico. O reducionismo não é o Mal Absoluto – ele é útil para algumas coisas. Mas se revelou incapaz de compreender a complexidade. É o que ficou claro a partir do trabalho de matemáticos como os teóricos do caos. Minha crítica é contra uma visão simplificadora do mundo, que se apropria de um discurso cientificista antigo. Não é contra a Ciência de caixa alta.

    Calma, AndreT, calma.

    (E por favor me encaminhe as referências sobre coca e cana. Se há um erro no blog, quero corrigi-lo o quanto antes.)

  31. AndréT disse:

    Caro Denis.

    A questão da coca e da cana é a seguinte:

    O açucar refinado é a sacarose da cana de açucar que passou por um processo químico. Entretanto, a sacarose “in natura” também tem alto índice glicêmico e causa obesidade, diabete, cárie, etc. do mesmo jeito do que quando refinado. Apenas mantém alguns minerais, mas é igualmente nociva do ponto de vista discutido, isto é, se usada com a mesma frequência.
    A coca se mascada vai causar efeitos semelhantes àqueles obtidos por outras vias porém em intensidade menor pois não foi transformada em cloridrato de cocaína. Entretanto, a substância ativa é a mesma e os efeitos positivos (disposição física e mental, diminuição do apetite e do sono) e negativos quando da ausência da substância serão os mesmos, além de causar lesões bucais e desgaste dos dentes.
    As risadas foram babaquice.
    Atenciosamente.

  32. AndréT disse:

    Já tô calminho.
    Quanto às referências, são – como posso dizer – minhas………..

  33. denis rb disse:

    Entendi, AndreT,

    Minha referência era à planta integral – eu quis dizer que mascar cana não provoca síndrome metabólica (não tenho dúvidas de que a sacarose extraída da cana, por não conter fibras, é uma outra história. Mas não menospreze a importância dos minerais a mais na sacarose não refinada, pq eles podem mudar a forma como o organismo absorve os carboidratos.)

    Quanto à coca, me baseei em afirmações como esta: “As for the potentially harmful effects of alkaloids in coca, such as atropine and nicotine and coniine, they have not been assessed” (encontrada aqui: http://www.drugs-forum.com/forum/showthread.php?t=31689)

    Encontrei também muitas referências a propriedades terapêuticas/medicinais das duas plantas.

    Mas reconheço que a palavra que escolhi (“inofensivas”) talvez seja forte demais. Nada é inofensivo. Até de água se morre – e oxigênio é perigosíssimo para as células. Não desconheço o perigo de mascar coca em excesso às gengivas, por exemplo.

    Mas acho que podemos concordar no seguinte: nenhuma das das duas plantas, consumidas integralmente, causa os males que suas versões refinadas causam. Ok?

  34. Cannibal Salivans disse:

    Quem nunca viu um boliviano mascando coca, nunca viu algo tão repugnante. Imagine seu avô, barbudo, bêbado e banguela, sugando sopa na sua cara e vomitano na sua boca, agora multiplique pela distância daqui a plutão ao quadrado, é isto. Fico imaginando a Garota de Ipanema mascando coca na praia, ai, que náusea … Ainda bem que Vinícius de Moraes morreu e já fez a música. Agora vocês sabem por que não existe uma garota boliviana de las playas … fora que lá não tem praia.

  35. AndréT disse:

    OK.
    Lamento minha aparente agressividade.
    Pano rápido.
    Até a próxima.

  36. Felipe Maddu disse:

    Ninguém sabe o que é transgênico, em vez de liberar a erva natural, liberam algo que eu não quero consumir, mas com certeza consumo/consumimos no nosso dia-a-dia, como bem disse Denis.

  37. jorji disse:

    O nosso cérebro pede alimentos que contem açucar e farinha, que são deliciosos, muitas massas cinzentas pedem drogas por uma série de razões, mudar radicalmente a alimentação de bilhões de pessoas só com o tempo, a verdade é que apesar dos pesares, vivemos mais tempo que antigamente, que também é um problema, é verdade que o bem e o mal não existem, mas gordos e magros existem. A única sobremesa que sei fazer é o pudim, deixar de comer essa iguaria vai ser um sacrificio extremo, da mesma forma os chocolates belgas, o macarrão ensopado japonês(udom) e chinês(lamen)…………..

  38. VValdemar Pavan disse:

    Denis, parabéns pela ótima abordagem que fez do assunto, o motivo desta mensagem para além de parabeniza-lo é sugerir que leia o livro `Lugar de médico é na cozinha´ de autoria do médico, professor e cientista Dr. Alberto Peribanez Gonzales, além do precioso conteúdo informativo você encontrará receitas divinas ( todas elaboradas e testadas na Oficina da Semente ) que expurgam a farinha, o açucar e a carne do cardápio, fui seu aluno nos cursos de Alimentação Viva e Bases Fisiológicas da Terapeutica Natural , ambos ministrados no parque Chico Mendes em Osasco, e posso afirmar sem medo de errar que ao introdução paulatina da alimentação viva no meu cardápio diário foi um marco de qualidade maior em minha vida, segue o link para a Oficina da Semente:

    http://www.oficinadasemente.com

  39. Marina disse:

    Mais uma vez um tema atual abordado por um ponto de vista inovador.
    Parabéns, Denis, por seu trabalho tão interessante!

  40. carlos disse:

    Ola Denis.
    A única “ideologia” que eu recomendo é o ditado popular ou censo comum. Para pessoas de bom carater e éticas, que creem em uma idéia ou filosofia, como o ambientalismo, naturalismo ou outros ismos, existe um ditado muito bom. “O inferno esta cheio de boas intenções. ”
    Vejo estudos ditos científicos que dizem que o alimento orgânico é mais nutritivo ou menos tóxicos. Duvido desses estudos. Algumas plantas podem ser cultivadas no quintal de casa, outras não. Voce não pode, científicamente, comparar, por exemplo, um frango caipira que demora 10 meses para ser abatível, com um frango de 45 dias de granja. Mas aposto que se compararmos cientificamente um tomate ou uma laranja, a orgânica terá muito menos nutrientes e a toxidade não será muito menor que a tecnológica.
    Meu ditado popular. “tudo que é alternativo, reciclado e popular não presta.”. Desculpe a arrogância.

  41. Maurício Bittencourt disse:

    Acrescento duas coisas “limpinhas” e brancas, usadas irresponsavelmente: sal e papel; produtos altamente tóxicos para a Humanidade.

  42. Politicida Plus disse:

    Denis, quanta celeuma seu artigo criou?! Isso mostra que está no caminho correto. Você falou sobre alimentos e seu publico citou direita,esquerda, o padrão e o alternativo, até garota de Ipanema mascando coca na praia.Quanta sandice! Você está de parabéns, é bom lembrar aos seus detratores, certamente obesos renitentes, cheiradores recreativos de cocaína.,que existe alterativas para adoçar e que alimentos já contém açucares naturais, que a mascação de folhas de cocas, é costume dos povos dos andes para amenizar os efeitos do soroche.Que usar cocaina é incrementar a industria da morte e infelicidade, fortalecer o poder do tráfico.É aviltar a condição humana.

  43. Vania disse:

    Vc esqueceu do “sal”.
    Tadinho de nós!!! rsrsrs

  44. Milene. disse:

    Escreve voce algo que preste Alexandre, vc deve ser o cara!

  45. Zenóbio - Santos/SP disse:

    Farinha de trigo, açúcar, cocaína, formiga e puxa-saco tem em todo lugar.
    Só uma dúvida, mascação é neologismo ?

  46. Nivaldo disse:

    Denis,
    Sua análise de tão simplista, poderia ser até engraçada. Poderia, mas não é…Porque você não é um e sim legião… Acreditam na “geração espontânea” dos alimentos nas prateleiras do supermercado. Não lembram, e não querem lembrar, quantos milhões morreram nas epidemias de fome do passado – e presente. Não sabem, e não querem saber, que o valor dos produtos agropecuários no Brasil é um dos menores do mundo, porque subsidiados – não pelo governo, e sim pela péssima remuneração do homem do campo. Não entendem, e não querem entender, que a agricultura orgânica é um luxo para poucos – a grande maioria não teria acesso a alimentação se não fosse a tão criticada revolução verde…
    p.s: ah, sim, a cereja do bolo: quer dizer, em relação à cocaína, que “a proibição amplificou seus males”… Denis, definitivamente, você não consegue ser engraçado!

  47. Rômulo disse:

    Ô, Denis, vou considerar a citação ‘Sabe por que esses pós refinados não estragam? Porque praticamente não têm nutrientes. As bactérias e insetos não se interessam pelo que não tem nutriente.’ como mero deslize. Se isso fosse verdade, não poderíamos comer mel, por exemplo, que, caso não saiba, também não estraga…

    * o fato de não ser um pó branco não inviabiliza a comparação, né?

  48. Zenóbio - Santos/SP disse:

    “Sabe por que esses pós refinados não estragam? Porque praticamente não têm nutrientes. As bactérias e insetos não se interessam pelo que não tem nutriente.”

    Curiosidade: Exceto a cocaina, que não sou consumidor e por outros motivos óbvios, ao comprarmos farinha de trigo e açúcar, na embalagem o prazo de validade vem descrito: INDETERMINADO ?

    Vou arriscar um palpite, ambos produtos tem a propriedade de absorver a umidade do ar, o que acabariam por se tornarem propícios para o desevolvimento de microrganismos, alterando suas propriedades físicas e químicas tornando-os impróprios para consumo.

    Quando compro estes produtos, tenho o cuidado de observar minuciosamente a embalgem para ver se não há qualquer furinho ou roedura, pois ratos, baratas e carunchos são adeptos de alimentos sem nutrientes, além é claro dos já citados microrganismos.

  49. Lucas disse:

    Muito fraco esta comparação. O blogueiro oferece algum método para manter barato o açucar e a farinha?
    Quem fica lendo livros sobre as atrocidades com a comida é bitolado. Essas pessoas vão no super mercado e compram “organicos” achando que estão comendo uma coisa mais saudavel pois o “o gosto é diferente, parece da horta da minha avó” – é a velha informação ignorante “porque o livro do cara diz, é bom, porque minha avó disse é bom”

  50. Chesterton disse:

    Denis, é difícil comentar tanta burrice e preconceito assim.

  51. Berenice disse:

    Denis!
    Parabens pelo texto bem escrito sobre um assunto bem atual. So’ agora comecamos a ver e sentir na carne as consequencias dos caminhos seguidos pela industria de produtos alimenticios mundial. Blogs como este, embora causem bolemica, tambem podem conscientisar. Mas, nao deixa de ser chocante a agressividade e ignorancia de tanta gente em relacao a fatos. A ciencia “hoje” comprova que tais produtos trazem grandes maleficios a saude e em assim sendo, temos que trabalhar para mudar as coisas…se nao podemos mudar o mundo, quem sabe assumir alguma responsabilidade pessoal.

  52. Zenóbio - Santos/SP disse:

    Concordo plenamente !

    Não há lei que nos obrigue a utilizarmos generos alimentícios industrializados, assim, devemos assumir nossa parte na solução do problema e consumirmos somente alimentos produzidos por nós mesmos no estado “in natura”.

    Lógico que os que não concordarem que sofram suas consequências, afinal o tão falado livre arbitrio é inerente a cada ser.

    Ao menos, “a priori” uma solução para os mais preocupados está dada.

    Quando a mudança dos processos produtivos das industrias alimentícias mundial…, bem, aí envolve interesses de vários setores da economia e demanda uma longa e duradoura “briga de cahorros grandes”, mas se é para o bem geral da humanidade devemos lutar a exaustão e buscarmos aliados de peso um dia chegamos lá, mas até então vamos praticando minha sugestão acima.

  53. denis rb disse:

    Chesterton, acredite,
    Eu sei exatamente como você se sente.

  54. Jean disse:

    Parabéns pelo Post Denis. Acredito que que não existam verdades absolutas por aí. Pois a própria ciência reconhece seus erros. Mas acredito que a discussão leva à informação e você o faz de forma brilhante.
    Uma pena que este espaço seja utilizado para comentários que nada acrescentam. As pessoas parecem continuar a ter ódio de tudo aquilo que seja diferente do que elas acreditam não é mesmo? Mais um sinal de que ainda olham apenas para o seu próprio umbigo. Uma pena.

    Um abraço e até a próxima.

  55. Stefan disse:

    Não faltou falar do sal?

  56. denis rb disse:

    Muita gente lembrou do sal e sugeriu que meu trio da morte deveria ser um quarteto. Apesar de o sal ser também refinado e de que isso significa que ele é praticamente vazio de nutrientes (sal marinho é definitivamente mais saudável), há também diferenças importantes. Não há um grande problema de saúde pública ligado ao sal. Sal é nocivo para quem tem pressão alta, mas pesquisas indicam que ele não faz mal para quem tem pressão normal. Além disso, não há um mecanismo irresistível de dependência, como há com a cocaína e o carboidrato puro – caracterizado por picos de satisfação seguidos por uma baixa repentina que confunde o corpo. A dependência do sal se dá de maneira mais sutil: ele intensifica os sabores, fazendo com que achemos qualquer coisa sem grassa (insossa) quando ele está ausente. Tudo isso dito: eu tenho um potinho de sal marinho na prateleira, que uso quando quero que a comida fique especial.

  57. Matheus disse:

    Magnífico artigo Dennis!!!

    Você traduz à perfeição toda essa loucura que vivemos diante de nossos olhos e parece mesmo apontar vislumbres de soluções para o planeta como o lado mal resolvido e violento do homem, sua ignorância e leniência, como também sua notável capacidade de mudar e se reformular.
    A questão é, porque não conseguimos assumir qualquer controle diante das dinastias políticas que nos dominam e nos sujeitam a viver num verdadeiro inferno na maioor parte do planeta desde que o homem adquiriu consciência da própria existência??
    Porque não conseguimos ter qualquer influência( democracia e voto parecem piada diante do que vemos acontecer, no congresso, senado e governo de um modo geral, somos com um cadáver inerte e incapaz de evitar a rapinágem sobre nós).
    O Que a humanidade necessista na minha humilde opinião é repensar o conceito de aquisição. Porque nos tornamos tão religiosos em adquirir e guardar pra nós aquilo que um dia obrigatóriamente teremos de abandonar, já que iremos perecer e deixar tudo pra trás um dia ?
    Em seu texto pude vislumbrar toda a cadeia de descobertas verdadeiras, “descobertas e anuncios científicos”, que estruturaram oque me parece um sistema de controle das massas ( estas de pessoas, não de carbohidratos, he,he.) ao longo dos tempos até hoje. Sentimos a vida no planeta de um modo geral como uma verdadeira prisão, onde estamos sujeitos a todo tipo de mal e vivemos da sorte de não sermos colhidos, cada um de nós em nossas vidas, por males ainda maiores que vemos assolar outros como nós menos afortunados e mais vítimas do sistema ainda.
    Junto com o açucar a cultura do ego, do consumo, da exclusividade, do narcisismo e outras tecnologias de controle e dominação que preserva desde tempos imemoriais seu poder ilimitado e destruidor sobre o restante da imensa maioria dos seres humanos e todas as outras espécies.
    Na minha opinião a humanidade tem na atualidade talvez oque seja um de seus maiores desafios ao longo da própria história, como reestruturar a vida organizada em sociedade sem a presença dos políticos, extinguindo os e criando intituições administrativas auto reguláveis. Como a estrutura da sociedade poderia se transformar em algo autoregulável sem a presença de liderança e acúmulo de poder ?
    O comunismo e o capitálismo nos proporcionam claras idéias doque é degradante para a sociedade, acúmulo de poder na mão de uma minoria que tem poder quse ilimitado sobre uma maioria. Mas que tal se pudéssemos adotar um modelo que se cosntitui da parte boa de idéias que podem ser tiradas dos dois exemplos sistema econômico ? Há muito tempo e muito trabalho para o homem conseguir recuperar enquanto raça o status de vida digna diante de todo restante da natureza.

    abraço !

    Matheus.

  58. Luiz Marcello disse:

    Achei inteligente a sacada de juntar açucar e farinha a cocaina (está no livro?). Dá um peso retórico bastante interessante ao argumento.

  59. Zenóbio - Santos/SP disse:

    Não é só açúcar e farinha que se junta a cocaina pura, junta-se também, pó de marmore, fermento, bicarbonato, talco, cal, maizena, gesso e sei lá mais o que, isso sim dá peso, não retórico, mas volumétrico e financeiro.

  60. denis rb disse:

    Obrigado, Luiz Marcello,
    O livro menciona de passagem o paralelo entre as comidas processadas e a cocaína (“our bodies have a long-standing and sustainable relationship to corn that they do not have to high-fructose syrup… In much the same way, human bodies that can cope with chewing coca leaves – a longstanding relationship between native people and the coca plant in parts of South America – cannot cope with cocaine or crack, even though the same ingredients are present in all three… reductionism in practice – reducing food or drug plants to their most salient chemical coumpounds – can lead to problems)” e eu já tinha visto comparações entre os mecanismos de dependência da cocaína e do açúcar.
    abs

  61. Luciana Corrêa disse:

    Denis!! In-crí-vel seu artigo!! Tento manter uma alimentação saudável e conheço de perto o poder maléfico dos nossos pós brancos…..já usei os três. Mas o que amei mesmo foi o “tom” do artigo, a franqueza. Admirável você!!! Não perco mais vc de vista….rrsrs!!

  62. thony galli disse:

    Perfeito DENIS , parabéns garoto .Vê se não para por ai , tem muita MENTIRA disfarçada de verdade quando se fala de alimentos !! O espartame por exemplo , deixo 2 dias no sol , e uso para MATAR rato no sítio !! Grande abraço.

  63. Chesterton disse:

    O Dennis esqueceu tambem do protóxido de hidrogênio, substância que se ingerida em grandes quantidades mata, um verdadeiro veneno.

  64. Carlos Fatureto disse:

    “farinha e açúcar são na verdade muito mais letais do que cocaína”
    Qualquer um que afirme isso não passa de um idiota.

  65. Hanashiro disse:

    E o glutén caseiro ?faz mal?pois é preciso passar no ecorredor por diversas vezes.

  66. Dudahhhh disse:

    q bobeiraaaaaaaaaaaaaa

  67. Dudahhhh disse:

    q bobeiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  68. Denise disse:

    Parabéns!!! Muito claro e direto, na lata!
    Quem quiser que pare para pensar criteriosamente sobre esta sociedade cheia de patologias em que vivemos, mas é preciso que alguém diga que o rei está nú.

  69. kati disse:

    Eu gosto de comer farinha de trigo crua há algum problema nisso!

  70. Susana disse:

    Parabéns pelo artigo. Já passou da hora de despertarmos desse sono conveniente embalado por ” sonhos” vendidos pela mídia visando unicamente o lucro da indústria alimentícia ao custo das milhares de vida que se esvaem em função do câncer.
    A indústria aliment´´icia manipula as informações e o consumidor desinformado embala na dança da morte.
    É só olhar os rótulos dos produtos nos supermercados: o iogurte ” super saudável” X, rico em vitaminas e bla bla bla também esconde no seu rótulo perigosos aditivos químicos ( corantes, conservantes, aromatizantes, etc) sobre os quais sequer se falam.
    O açúcar então, nem se fale, no processo de refinamento são adicionadas substãncias químicas( tal qual o sal refinado) para chegar a coloração e consistência que chega nas nossas mesas, aquele sal branquinho e soltinho é fruto de intenso processo químico mas isso ninguém fala..apenas se recomenda a moderação no caso de quem é hipertenso.
    Questionaram acima que a farinha e o açúcar não matariam mais do que a cocaína. É simples é só associar os dois á palavra CÂNCER e comparar com a cocaína…

  71. Hikari disse:

    Esse cara q assina como Thony Galli é um golpista, cuidado.

    Ele se diz médico europeu famoso q cura câncer com facilidade, mas mora no Brasil em Ribeirão Preto, sempre foge qd é questionado sobre onde fica sua clínica, sua formação e os pacientes q ele diz ter curado.

    Veja: Quem é Anthony Galli?

  72. pauilo zambroza disse:

    Muito bom o conteúdo!

    Através de pesquisas descobri que dá para atenuar os efeitos desses alimentos (trigo e açúcar) com um produto extraído da natureza pouco usado ainda no brasil.Faço uso do suco (concentrado) de clorofila da alfafa há 6 anos.
    Acho que todo brasileiro devia usar esse suco diariamente. Ele realmente é fantástico! Veja no http://negociocerto.webs.com/saudetiens.htm mais informações.

    Sucessos

  73. fernando carvalho disse:

    Escrevi um livro sobre o açúcar e minha opinião sobre esse assunto é a seguinte: A cocaína é uma droga que pode levar à morte e que prejudica quem procura se relacionar com ela. O trigo refinado é um alimento pobre que perdeu uns 70% de seus nutrientes, uma pessoa poderia ficar gravemente doente se se alimentasse exclusivamente de derivados de trigo branco, mas essa é uma situação hipotética, não se acha na vida real. O sal que não foi contemplado, é um alimento que o organismo necessita em pequena quantidade. O excesso do consumo de sal é difícil de acontecer porque o alimento com muito sal fica intragável. Do século XVI para trás o sal era o conservante de todas as carnes e a hipertensão não existia, sinal de que devemos procurar outro culpado.
    Agora o açúcar: não é alimento, aliás rouba nutrientes, e está associado a uma infinidade de epidemias: cárie dentária, obesidade, diabete, doenças vasculares (inclusive hipertensão), câncer, etc.
    Podemos dizer que açúcar é pior que cocaína se pensarmos que cocaína agride apenas a quem a procura e o açúcar está presente da mamadeira do bebê à xícara de xá do idoso.
    Meu livro chama-se: Açúcar o perigo doce e foi publicado pela editora Alaúde.
    Obrigado.
    Fernando ferdo@oi.com.br

  74. Luis disse:

    Comentários muito interessantes como do Chesterton e de Dudahh, são realmente reveladores, revelam que pessoas de qualquer nível intelectual podem ter interesse em ler artigos que debatem e propõe discussão séria sobre a alimentação moderna (e de fato mais tóxica que nutritiva), bastanto google “cocaína” por exemplo. O autor, Dennis ponderou bem que o “refino” é a questão central do problema, há refinos que utilizam produtos químicos de grande poder carcinogênico, mas são baratos e funcionam para o industrial.

  75. Ernesto disse:

    Felizmente a internet propicia busca de matérias antigas (05/10/2009 às 16:12). O mundo é feito de interesses, alguns comentários podem ter sido feitos por funcionários ou soldados de uma “refinaria” qualquer, mas o que é comprovado: alguém pode dizer um bem sobre a farinha branca? Nenhum, a não ser o preço barato.

  76. Edson disse:

    Fabuloso, nunca tive tanta informação útil nesse veículo (internet). Você mostrou para a maioria de nós algo muito importante em nosso cotidiano!

    Obrigado

  77. cleo disse:

    Muito bom nos livrar do senso comum fazer-nos refletir como hábitos aparentemente inocentes podem acabar com a nossa saúde por limitar o nosso contato com a natureza.

  78. Maria Emilia Gadelha Serra disse:

    Como médica e adepta de uma medicina mais comprometida com a saúde ao invés da doença (Medicina Biológica Alemã), cumprimento pela clareza de idéias e riqueza de informações. Lindo! Parabéns!

  79. Giuli disse:

    Quem escreveu este texto não tem a menor idéia de o que seja ciência, de como ela funciona e de sua história. Baseia-se em estereótipos típicos de quem a critica em mesa de boteco. “Reducionismo científico” é a primeira dica de quem se comporta desta forma. O autor, esse sim um reducionista (no sentido pejorativo e não filosófico – como aliás ele gostou de confundir), encontra um bode expiatório (a ciência) para jogar toda a culpa que no fundo é da natureza humana. O desastre deste texto é novamente tentar desvincular o papel do ser humano, em geral, como responsável pela balbúrdia que é o mundo jogando a culpa no tal arquétipo sem CPF de “eles”. “Eles” poluem, “eles” criaram a cocaína. “Eles” tudo e portanto “eu” nada. Isso evita que nos analisemos, que nos corrijamos, apaixonados pela visão romântica de que somos apenas vítimas indefesas.

    Não foi a cocaína que inventou os viciados. Não foi o açúcar que nos deu fervor biológico de adorar doces, mas nossa natureza (e de qualquer ser vivo) procurar fontes energéticas potentes em vista de uma rotina diária normalmente mirrada de alimento. Ou a Indústria Pecuária é culpada também pelo nosso alto consumo de carne vermelha? São nossos móveis que destroem a floresta amazônica. Nós através de nssos carros que poluimos o mundo com seu ronco e fumaça. Grupos de pagode e funk não são os culpados por esse rio de lixo musical defecado atualmente nas ondas hertzianas. Os culpados são as pessoas que escutam ou no máximo os instintos que não as fazem notar tal falta de arte.

    Ademais, o autor faz uma série de associações simbólicas bobas entre pós brancos e suas propriedades conotativas ou não. Não há virtude intelectual nessa extrapolação poética, quando a precisão é a moeda. O caso. Confunde-se conhecimento científico com processo científico com implementação científica com resultados práticos direcionados com propaganda. Uma sopa azeda.

    Hoje (desde no mínimo meio século) as ciências biológicas são altamente sistêmicas, em suas bioquímica, genética, embriologia, taxonomia e claro, as principais nesse quesito: evolução e ecologia. O autor despreocupa-se com sua ignorância e massageia seu ego deslocado-se do comum com um texto pseudo-intelectual.

  80. Giuli disse:

    Fora o “Sabe por que esses pós refinados não estragam? Porque praticamente não têm nutrientes. As bactérias e insetos não se interessam pelo que não tem nutriente.” – Caramba. Nunca olhou mesmo farinha no microscópio? É virada em bicho de tudo que é expécie. E açúcar??? Sem comentários! É praticamente energia pura. Quanta besteira. As formigas, abelhas, moscas simplesmente AMAM açúcar refinado. Ou esses insetos são uns tacanhos “reducionistas” também?

  81. Hikari disse:

    Giuli, parabéns pelo comentário, adorei!

    Se quiser ver textos sobre o melhor da espécie humana, basta acessar http://ConscienciaPlanetaria.com

    [WORDPRESS HASHCASH] The poster sent us ‘0 which is not a hashcash value.

  82. Re Figueiredo disse:

    Bom dia!
    Ótimo texto, examente o que penso sobre os 3 pós, só “faltou” o sal refinado.
    Na minha visão não existe bem e/ou mal e sim falta de equilíbrio.
    Muito Grata,

  83. Hikari disse:

    Giuli eu e minha família industrializamos varios tipos de chás ,e assim como prometi tô ti mandando alguns de presente ,assim pode consumir produtos refinados a vontade que jamais afetarâo sua saúde .Consciência planetária.

  84. Ricardo disse:

    Este artigo já tem algum tempo, mas pelo que parece (“pelo assunto em si”) é de conteúdo permanente. Meus avós eram magros, sou descendente de índios, franceses e portugueses, acho que como todo mundo, mas a verdade é que meus avós comiam de tudo, de tudo mesmo! Meu avô era daqueles que jamais dispensava o uso do chapéu seja palha, de camurça ou de pele de coelho, mascava fumo de rola, comia rapadura, chupava cana, o arroz era sempre feito com açafrão, pimenta a vontade, um gole de cachaça sempre antes do almoço e janta, comia folhas cruas arrancadas direto das plantas e tomava café, leite e chá de tudo que era tipo. Detestava o gosto do refrigerante e achava os sucos industrializados sem graça. Morreu aos noventa e tantos anos dormindo, e não me lembro de tê-lo visto doente algum dia de qualquer coisa a não ser muito raramente uma gripe. e até o dia em que morreu trabalhava de vez em quando como pedreiro ou outro serviço que se interessasse em fazer. Hoje evitamos isso ou aquilo, mas estamos sempre comendo tudo o que já vem “pronto”. Bem, a natureza ainda está aí na sua forma original para a gente aproveitar e curtir como ela é. Então para que queremos tanto os produtos industrializados? Gastamos muito mais remédios curando os maus hábitos e por ironia, muitos destes medicamentos que curam podem ser extraídos direto da natureza. Será que estamos cada vez mais “burros” ou menos “inteligentes”?

  85. Ana Bondioli disse:

    Excelente texto, parabéns pela coragem!

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