Hitler, formigas e transições

Um dos assuntos mais delicados do movimento ambiental é população. O argumento é o seguinte: mudanças climáticas, extinções de espécies, colapso dos ecossistemas, caos ambiental são apenas sintomas. A doença é uma só: há demais de nós. Há uma infestação de humanos na Terra e é isso a causa de todo o resto dos problemas. Éramos 2 bilhões em 1927, seremos 7 bilhões em 2012. Nesse ritmo, é óbvio que o planeta não dá conta.

As barras de cor sólida são números reais, as listradas são projeções.

As barras de cor sólida são números reais, as listradas são projeções.

Esse assunto é delicado por razões históricas e emocionais.

Históricas: falar de superpopulação faz lembrar das campanhas eugênicas de esterilização forçada e de eutanásia dos nazistas. Da ideia de que vidas “que não valem a pena ser vividas” devem ser exterminadas. Faz lembrar que é hábito de ditaduras controlar o ritmo de crescimento da população.

Emocionais: a ideia central do ambientalismo é tentar poupar o planeta para as gerações futuras. É não consumir tudo agora, para que nossos filhos e netos possam saber o que é uma onça, uma baleia, uma praia, um outono. Se começarmos a dizer que não temos que ter filhos ou netos, a coisa começa a perder o sentido. Por isso, nenhuma organização ambiental importante defende que as pessoas deixem de ter filhos: eles não querem afastar sua audiência mais importante, os pais preocupados.

Hoje me deparei com uma entrevista inteligente com um químico alemão chamado Michael Braungart, professor da Universidade Erasmus de Rotterdam. Braungart teve a coragem de enfrentar esse assunto delicado. Olha o que ele disse:

“A biomassa das formigas é quatro vezes maior que a dos humanos. E, como elas trabalham mais duro do que nós, o seu consumo de calorias equivale ao de uma população de 30 bilhões de humanos. Mas elas não são um problema para o ambiente.”

Ou seja, mesmo com uma população imensa, é possível não destruir recursos finitos. Achei chocante pensar que, se você colocar a população mundial de formigas numa balança, ela vai pesar o quádruplo da população humana, e que seu consumo de energia para viver é quase o quíntuplo do nosso. Mas isso, obviamente, não resolve nosso problema. Nós produzimos esgoto, emitimos carbono, queimamos a mata e espalhamos sacos plásticos e latinhas de cerveja por onde passamos – elas não.

Mas, no mínimo, Braungart faz a gente pensar. A explosão populacional humana certamente é parte do problema – simplesmente não haverá recursos para todo mundo se continuarmos nos comportando como quando éramos 1 bilhão de pessoas. Mas isso não quer dizer que a única solução possível para nós seja reduzir a população. Há uma outra: reduzir drasticamente o impacto negativo que cada um de nós causa. De preferência, reduzir a zero, de forma que o aumento da população deixe de ser um problema.

Braungart é pesquisador do Instituto Holandês de Pesquisa para Transições (Drift, na sigla holandesa). O papel do Drift é imaginar um design para uma nova era. No futuro imaginado por eles, os produtos não consomem recursos da Terra, nem um pouquinho. Tudo aquilo que não consumimos é reaproveitado, compostado, reciclado. Tudo é eficiente, não se joga fora nem energia. Tudo é feito para durar.

Mais ou menos como as formigas fazem.

A boa notícia é que a explosão populacional está diminuindo de ritmo. As projeções indicam que a população pode se estabilizar lá pelo fim do século. Ou seja: se conseguirmos fazer a tal transição para um modelo de baixo impacto, não estaremos apenas adiando problemas inevitáveis. Estaremos efetivamente no rumo de um futuro sustentável.

68 comentários
  1. Edes disse:

    Dênis
    Que tal se fizessemos um pacto ambiental: por exemplo, por dois anos ninguem tivesse filhos, nem derrubasse nenhuma árvore?
    É claro que se alguns casos escapulisse, o numero seria compensado…

  2. Antonio disse:

    Nosso consumo é crescente, nossa população é crescente, e o planeta não cresce um só milímetro. Se a comida não for o fator limitante, nem a água, nem o ar, podemos chegar ao extremo em que o espaço seja a limitação. Será que a violência nas cidades já não estaria relacionada ao espaço? Tudo no formigueiro é biodegradável. Formiga não vai ao trabalho de carro, não bebe cerveja em lata, nem viaja de avião. Nós consumimos muita energia, minérios, combustíveis fósseis e florestas, produzimos uma miríade de substancias, de venenos a hormônios, substancias persistentes que estão envenenando os rios e mares. Se não controlarmos , a *mãe natureza* ou qualquer que seja o nome que se dê, vai controlar. Eu tenho certeza de que vai ser a segunda opção. E ninguém se iluda achando que voos orbitais a 100 km de altura são conquista do espaço. Se sobrevivermos no espaço será como espécie, uma seleta minoria em ambiente extremamente inóspito e adverso. Terra só tem uma. Portanto, PAREM DE PARIR!!

  3. elisamar disse:

    Fiquei feliz de ler esse artigo. Eu sempre tive esse mesmo pensamento- de que a população é excessiva para nosso pequeno planeta. Porém é muito raro ver algum ” especialista” ou politico tocar no assunto. Parabens pela coragem

  4. Danielle disse:

    Denis,

    Excelente texto. Muito obetivo: o problema nao eh a superpopulacao, e sim a forma como exaurimos os recursos. Sem demagogias sobre “vamos controlar o numero de pessoas”, e sim, como habitar o planeta sem extinguir os recursos. So um dado: se todos poluissemos como um americano medio, com a populacao global equivalente a 1900 (cerca de 1,5 bilhao de pessoas) ja teriamos a poluicao atual. Incrivel, nao? Esse eh um exemplo do uso insustentavel do planeta, mesmo com uma populacao bem mais reduzida.

    Produtos transportados por longas distancias, produtos com mais de 2 embalagens (para individualizar as porcoes), consumo de agua de garrafinha individual, combustiveis nao-renovaveis, podemos citar centenas de atitudes em nosso dia-a-dia que contribuem para a poluicao. Coisas que estao entranhadas em nosso modo de vida (principalmente dos americanos – vejo isso no meu cotidiano). O quanto as pessoas, principalmente as do primeiro mundo, estao dispostas a repensar seu modo de vida? O quanto estao dispostas a voltar a cozinhar o jantar e o almoco, a comprar nas feiras de rua, a parar de comer junk food, a repensar o transporte urbano nas medias e pequenas cidades (porque as grandes o tem)? O quanto estao dispostas a consertar ao inves de trocar? Eh isso o que penso. Se estao dispostos a suportar governos que guerreiam no Oriente Medio para manter o preco do petroleo a 2.7 dolares o galao (menos da metade do Brasil), somente para manter o modo de vida atual, o quanto seria necessario e o que seria necessario para faze-los mudar de ideia?

    Esse eh o problema. Eh o passo a frente do seu artigo: como mudar mentalidades.

    Abs,
    Danielle

    PS: Antonio, fico me perguntando por que sua mae nao contribuiu, dando o exemplo, de acordo com a sua sugestao.

  5. Jefferson disse:

    Diminuir a população mundial é o único jeito que os “mais cultos”, “mais ricos”, enfim, aquela parte do planeta que tem poder de mandar em todo o resto, de continuar vivendo no mais puro conforto com o menor gasto possível. Esse exemplo das formigas mostra muito bem como não poderiam estar mais errados. ótimo texto!

  6. Chesterton disse:

    Há uma infestação de humanos na Terra e é isso a causa de todo o resto dos problemas.

    “O problema de não se acreditar em Deus não é que você não acredita em nada, é que passa a acreditar em qualquer coisa”.
    G.K. Chesterton

  7. Chesterton disse:

    Bem, não custa salientar de eugenismo nessa frase. Já que o róprio Dennis não se considera parte da infestação (excesso) , isto é, a infestação são os outros, quem é a infestação? AlGore, Clinton, o Principe Charles, os favelados cariocas, a Madona, os miseraveis da África?

  8. Chesterton disse:

    eles não querem afastar sua audiência mais importante, os pais preocupados.

    chest- que cinismo. Mas se tem gente demais e vamos acabar com a prole por 2 ou 3gerações, para que se preocupar. Não vai sobrar ninguem mesmo. Sorry, não tem jeito, a humanidade vai continuar crescendo e colonizar a Lua, Marte e o que puder. Queimando metano da lua de Jupiter.

  9. Chesterton disse:

    simplesmente não haverá recursos para todo mundo se continuarmos nos comportando como quando éramos 1 bilhão de pessoas.

    ches- Malthus strikes again. Um após outro, os malthusianos foram desmentidos. A cada anuncio de catástrofe, aparecia uma nova tecnologia (bolada por humanos, não por formigas) que simplesmente revertia o quadro com aumento exponencial da produção. A Terra vai acabar, as terras cultiváveis são limitadas…tudo bem, se cultiva em acima da terra , hidroponia. A água doce vai acabar…tudo bem, dessaliniza. A histeria com superpopulação e clima se deve a ganancia de alguns espertos que pretendem faturar aterrorizando espíritos fracos.

  10. Chesterton disse:

    reduzir drasticamente o impacto negativo que cada um de nós causa. De preferência, reduzir a zero,

    chest- reduzir a zero = suicidio. Quem se candidata?

  11. Chesterton disse:

    Mais ou menos como as formigas fazem.

    chest- hein? Que conta de gerico. As formigas como qualquer ser vivo tem produção de calor. E consomem a natureza.

  12. Chesterton disse:

    A boa notícia é que a explosão populacional está diminuindo de ritmo

    chest- boa noticia? Desde 2008 a taxa de fertilidade das brasileiras caiu abaixo do nivel necessário para manter a população nos niveis atuais. O Brasil vai começar a diminuir.

  13. Seu Ze disse:

    Nos países ricos a população já praticamente estabilizou, exceto os Estados Unidos, onde o crescimento vai se prolongar por mais uns 50 anos, e a um ritmo menor. Vão atingir uns 350 milhões de pessoas e vão ficar por ai mesmo. A Europa já era. A taxa de natalidade em alguns países já é negativa. Japão idem. Austrália não conta. Brasil vai aumentar até uns 250 milhões e vai parar por ai também, por volta de 2050. O resto da América Latina nem existe.

    A população vai crescer mesmo é na Índia (que vai chegar a mais de 2 bilhões de pessoas em uns 60 anos e não vai parar por ai) e no resto do sudeste da Ásia. E Ásia que se exploda. Quem quer apostar comigo que a África será colonizada novamente, mas desta vez por olhinhos puxados? Isso já está em curso pela China e vai se intensificar.

    Eu acredito no seguinte: a desigualdade que existe hoje vai aumentar mais, os ricos vão continuar numa boa e os pobres vão sofrer mais. As tensões e as guerras vão aumentar e contanto que mais nenhum país miserável consiga a bomba atômica, estamos salvos. Chegaremos ao equilíbrio, quero dizer, os que tem algum dinheiro. Os pobres vão passar muita fome e sede.

  14. Chesterton disse:

    |Seu Zé, os ultimos dados mostram que no Brasil o que deveria acontecer no ano de 2050 aconteceu ano passado!! Amazing.

  15. Descrente de tudo disse:

    Denis, acho melhor voce desenhar daqui pra frente. Interpretacao de texto nao ta forte por aqui…

  16. Seu Zé disse:

    Vamos pensar em dados concretos: quem vai consumir menos tendo a oportunidade de consumir mais? Ninguém. Como você vai convencer uma população que sempre foi pobre e que aos poucos consegue, finalmente, a consumir alguma coisa, que ela não deve comprar um carro, a ter TV, geladeira e todo o tipo de traquitanas? Como convencer um americano/europeu médio a consumir menos? Não tem como. Nossa geração de riqueza é baseada no aumento da produção e do consumo, ao infinito e além. É nossa razão de existir. Mexer nisso, se for possível, é um peso político incalculável. Não há ONU nem nada que possa carregar isso.

    Acordem e parem de sonhar com esse papo furado de sustentabilidade. O futuro será mais competitivo, mais conflituoso e mais desigual. Cuidem-se, estudem, andem na sombra e não usem drogas em excesso.

  17. Danielle disse:

    As pessoas nao sao convencidas por palavras, mas sim pelo bolso. Precisa se incorporar a poluicao dentro do preco dos produtos, de maneira que pese no bolso do consumidor quando ele for comprar. Ainda nao vi nenhum estudo relativo a isso, nem sei como seria feito (nao sou economista). Mas quando se mexe no bolso das pessoas, as coisas mudam. Conscientizacao por palavrorio nao funciona, vide quantos catolicos discordam de posicoes da igreja. Tem que haver algum tipo de incentivo contrario. Subsidio para carros menos poluentes, mais apoio aa agricultura local (menos transporte), nao sei direito (reforco, nao sou economista, posso estar dando sugestoes erradas). Mas ficar no catastrofismo, “nao ha saida” ou no conformismo nao adianta. Melhor colocar os economistas e os cientistas politicos pra pensar alguma solucao interessante.

    Abs,
    Danielle

  18. denis rb disse:

    Danielle, concordo. Seu comentário fala de duas soluções possíveis:
    1. calcular o preço da poluição ou do impacto ambiental e incorporá-lo no preço das coisas. O que impacta fica mais caro, cabe ao consumidor decidir se ele prefere o poluidor encarecido ou o sustentável com preço inalterado.
    2. subsidiar produtos sustentáveis. Dar dinheiro do governo para quem os produz.
    Os liberais (revista The Economist à frente) argumentam que a solução 1 é bem mais eficaz, porque dá-se ao mercado o poder de decidir quem ganha e quem perde, enquanto na opção 2 o governo escolhe o vencedor (o que traz todos os riscos de favorecimento ilícito, corrupção, poder excessivo de quem governa etc.). Tendo a concordar.

  19. denis rb disse:

    Chesterton,
    Ou não me fiz claro ou você leu sem prestar atenção. Eu não afirmei que o problema é haver demais de nós: eu afirmei que existe um argumento que diz isso. Fique à vontade para criticar, que sei que é o que você mais gosta de fazer na vida, mais do que chupar picolé. Mas não me critique pelo que eu não disse.

  20. denis rb disse:

    Chesterton,
    As formigas consomem recursos da terra sim, e geram subprodutos desse consumo. A diferença é que tanto a produção alimenta o consumo quanto vice-versa: o que a formiga produz é utilizado pelo ambiente para gerar aquilo que que ela consome. Enfim: a conta fecha. Já o homem consome um montão de uma coisa e gera um montão de outras coisas. Resultado: sobra daquilo que produzimos (lixo, carbono, ácido sulfúrico, carros, garrafa pet, barriga) e falta daquilo que consumimos (minérios, peixes, madeira, nutrientes do solo). A transição de que falo consiste em fechar nosso ciclo, em fechar nossa conta. Sem dúvida precisamos de toda a engenhosidade da ciência para fazer essa transição.

  21. Seu Zé disse:

    “1. calcular o preço da poluição ou do impacto ambiental e incorporá-lo no preço das coisas. O que impacta fica mais caro, cabe ao consumidor decidir se ele prefere o poluidor encarecido ou o sustentável com preço inalterado.”

    Como esse impacto se incorpora ao preço? Por lei? Tipo imposto da poluição? Quais seriam os indicadores?

  22. denis rb disse:

    Seu Zé,
    Há alguns jeitos. Um deles é o sistema chamado em inglês de “cap and trade”, algo como “limite e comercie”. Funciona assim (imaginando o caso do carbono, por exemplo): estabelece-se o máximo que será permitido emitir. Suponha que o máximo seja 100 unidades “x”. Emite-se “cotas” para esses 100 x. Distribui-se essas cotas entre os diversos setores, empresas, indústrias etc. Como exemplo: a indústria de petróleo fica com 10 x, distribuídos entre as diversas empresas, a indústria de carvão fica com 8 x, e assim por diante (o critério para distribuir essas cotas pode ser as emissões históricas). Ai cria-se um mercado para vender e comprar x. Se o indústria de petróleo desenvolver um jeito de emitir menos, pode vender suas cotas para a indústria de carvão. Aí vai-se reduzindo a quantidade de cotas, na medida que se quer forçar as reduções. O resultado vai ser que quem quiser emitir mais vai ter que pagar mais – e a escassez de cotas vai fazendo com que esse preço suba. Com isso, o preço da cota, que é o preço da emissão de carbono, acaba incorporado ao custo da produção e, consequentemente, ao preço do produto.

  23. Chesterton disse:

    Dennis, que bom que você não prescreve o controle populacional. Mas quando você afirma:
    – “A boa notícia é que a explosão populacional está diminuindo de ritmo. ”
    concluo que você considera a explosão,populacional uma má notícia. Não tem saída lógica.
    Óbvio que formigas não produzem garrafinhas PET, o que é ruim para as formigas no meu ponto de vista. Meu ponto de vista é que a civilização é ótima e que ser formiga é péssimo. Mas tem gente que provavelmente vai discordar de mim.
    Mas a questão não é essa , a questão é como resolver os problemas que a civilização se depara. Ou de modo controlado – controle populacional, leis contra filhos como na China, racionamento estatal, ou de modo livre, desregulamentado, descontrolado baseado no livre mercado. E é exatamente isso que está acontecendo no Brasil.

    “Graças ao trabalho de divulgação de alguns demógrafos, já se começa a generalizar a consciência de que, a partir de 2003, a taxa de fertilidade, isto é, o número de filhos por mulher, atingiu entre nós o nível de mera reposição (2,2) e hoje está abaixo disso (1,8). Isso significa que, se nada mudar, a população brasileira começará a diminuir dentro de algumas décadas e vamos precisar encorajar de novo a vinda de imigrantes.”

    Como vê, me enganei, não foi em 2008 que o Brasil começou a diminuir, mas em 2003. Os malthusianos como você interpretam o problema de modo duplamente equivocado, pela oferta e pela procura. Não só os alimentos vão sobrar- e seu preço despencar – pela falta de bocas como pelo excesso de produtividade, INERENTE à humanidade.

    Seja você, que tem acesso aos meios de comunicação, um pioneiro na verdadeira questão do Brasil: tem-se que fazer mais brasileirinhos. Na França havia uns cartazes assim quando morei lá.
    LA FRANCE A BESOIN DE BEBÉS!

  24. Chesterton disse:

    Fique à vontade para criticar, que sei que é o que você mais gosta de fazer na vida, mais do que chupar picolé.

    chest- essa não, adoro Chicabon. Dennis, se vocvê quer fazer um blog de puxa-sacos, faça um blog com registro de participantes, sei lá, dê seu jeito. Se você se acha no direito de dizer o que pensa sem grandes explicações, ou provas, tem que tolerar a crítica. Aprenda.
    Sim, comento em blogs dos quais discordos, blogs que concidem com as idéias que acho corretas, só leio. Não fico batendo palminhas para jornalistas. Considere-se portanto um privilegiado. Aproveite enquanto estou aqui, minha ausência seria ruimm para você. Aliás,l pergunte ao Pedro Dória.

  25. denis rb disse:

    Chesterton,
    Não prescrevo o controle populacional. Mas isso não quer dizer que eu não ache boa notícia que haja uma redução espontânea no ritmo de crescimento populacional. Se a curva se mantivesse com o formato que se desenhava há uma década, ganharíamos mais de 1 bilhão de pessoas POR ANO muito em breve. Além do impacto ambiental, imagine por exemplo o que isso faria com o sistema habitacional mundial (se levarmos em conta que hoje já somos absolutamente incapazes de prover casa para todo mundo).
    E não me atribua “malthusianismo”. Não sou malthusiano, seja lá o que vc queira dizer com isso. Malthus correlacionou a explosão demográfica com a capacidade produtiva do homem. Não é disso que se trata. Não tenho nenhuma dúvida quanto ao potencial humano de expandir sua capacidade produtiva. O que estou discutindo é o acúmulo de resíduos e o consumo descontrolado de recursos finitos inerentes ao nosso modelo de produção. O que estou dizendo é que o ritmo da expansão populacional é incompatível com um modelo de produção que consome sem repor.

  26. denis rb disse:

    Eu tolero, Chesterton. Suas críticas são bem vindas (e, com frequência, me divertem).

    O que não impede que eu dê uns cutucões de vez em quando, uai.

    Ê, gente sensível…

  27. Chesterton disse:

    Que coisa né Dennis, mais um previsão mostrafda em curvas que não se confirma, né? CVide Climategate, onde além de tudo falsificam, torturando gráficos. (rs)
    Estava assistindo um entrevista com o Lovelock, que você deve conhecer muito bem, se é que é o mesmo. Ele parece que passou a defensor de energia atômica e mostrou que todo lixo atômico da França cabe numa piscina semiolímpicana região de Le Hage e que a irradiação é mínima.
    Todo lixo que será produzido no século 21 nos EUA cabe num buraco de 30 km por 10, com 20 m de profundidade. lixo para caramba, mas não falta território para guardá-lo (quem sabe pode ser útil um dia).

    Me diz um produto que está escasso e com preço baixo que vou especular na bolsa.

    Se eu fosse sensível não ficaria comprando briga de graça com jornalistas, pode vir quente que estou fervendo.

  28. jorji disse:

    Denis, não sei se tu lembras, mas comentei algumas vezes que a questão demográfica tem que se levar em conta, é uma obviedade, e tem uma outra questão, a longevidade, do jeito que a medicina está evoluindo,, e se a espectativa média de vida no mundo chegar aos 100 anos, quais seriam as consequências? Qual a população máxima que o nosso planeta comporta? Várias perguntas para poucas respostas.

  29. denis rb disse:

    Chesterton,
    Um produto escasso com preço baixo? Crédito de carbono, vai por mim.

  30. Monica disse:

    Denis, na psicologia temos uma piada (bobinha) mais ou menos assim: quanto mais estudamos o comportamento dos ratos…mais ficamos sabendo sobre ratos!! Isso pra dizer que talvez a organização e a vida das formigas – apesar da argumentação ser clara e bem estruturada – não sejam parâmetros suficientemente eficazes e satisfatórios pra compreender e pensar em alternativas acerca de nossa estada na Terra. Talvez não sejam parâmetros…

    E não sou tbm adepta da idéia de que possamos procriar desenfreadamente sem que isso traga consequencias negativas para nossa espécie. Acho que isto deva ser melhor discutido. Você cita duas razões para transformar o tema da “população” em algo pra lá de delicado: emoção e história. Eu acrescentaria uma terceira: nossa moralidade judaico-cristã. A idéia do “crescei-vos e multipliucai-vos” está presente em nossa formação histórica praticamente enquanto tabu “imexível” e defendemos este preceito com muito mais afinco – pq também parte do insconsciente coletivo – do que imaginamos. Acontece que JÁ crescemos e JÁ multiplicamos, até demais. Tendo hoje a pensar que abrir mão de ter filhos é um ato de solidarieda, que vai muito além e não se restringe simplesmente em apostar, ou não, no poder de resolutividade da ciência e na tecnologia.

  31. Antonio disse:

    *Um após outro, os malthusianos foram desmentidos* A população cresce, o consumo cresce, novas necessidades surgem, e a terra não cresce um milímetro. Nem que seja pela falta de espaço, Malthus vence no final. Quer que desenhe, Cherterson? ( parece nome de jogador de futebol…)

    Olha que pérola: *A taxa de natalidade em alguns países já é negativa*. É .isso ai: deve ter muita gente voltando para o útero materno. E pensava que o crescimento da população teria uma taxa de crescimento negativa por causa do número de nascimento ser inferior ao de mortes e não repor a população.

    *O quanto as pessoas, principalmente as do primeiro mundo, estao dispostas a repensar seu modo de vida?* Você por exemplo Daniele, com esse seu mal disfarçado discurso hypóide e anti americano, poderia repensar e ser um pouco mais elegante, antes de iniciar sua cruzada anti consumista. São apenas alguns bilhões de pessoas o público alvo de seu projeto para *mudar mentalidades*…que devem adotar seus princípios, lógico. Sucesso pra você.

  32. Oswaldo disse:

    Denis, gostaria de um post sobre aquecimento global X nevascas no hemisfério norte neste inverno X aumento da calota polar no artico….

  33. Danielle disse:

    Bom, pelo visto vou ter que desenhar, que nem o Antonio falou… Porque nao estou “sentindo” que o que escrevi foi lido com completo entendimento.

    Bom, antes de sair rotulando, Antonio, leia. Nao sou anti-consumista. O consumo, busca do status, entre outras coisas, eh inerente aa sociedade moderna. O que estou falando eh que o modo de vida atual, onde a busca por essas coisas nao leva em conta externalidades como poluicao, eh insustentavel. No meu segundo comentario, falei sobre alguma forma de se criar incentivos para que se modifique o modo de vida atual, pernicioso para a Terra como um todo. Porque o nosso modo de vida nao eh imutavel, nao foi escrito em pedra junto com os 10 mandamentos. Ele eh consequencia dos incentivos atuais na sociedade moderna (chame voce de capitalista, whatever). E todos reagimos com a nossa melhor resposta, dado os nossos objetivos e gostos, aos incentivos que temos em nossa vida.

    Portanto, desqualificar o interlocutor com uma tarja (qualquer que seja), mostra incapacidade de absorver o argumento do oponente e entende-lo, para entao rebater com uma sintese. Isso eh pobreza de raciocinio. Muitas das coisas que o Denis, por exemplo, escreve, eu nao concordo, mas isso nao me impede de pensar e tentar argumentar contra, levando em conta o que ele escreveu. E, honestamente (isso nao se restringe somente a voce, Antonio), isso esta fazendo falta por aqui. Parece dialogo de surdos. Ninguem responde ao que o outro disse, e sim ao que a interpretacao propria e distorciva, individual, capturou. Isso eh triste, e empobrece o dialogo.

    Entendi perfeitamente o argumento do Denis: nao eh para virarmos formigas, e nao eh porque nao somos formigas ou algo similar socialmente (psicologicamente, fisiologicamente, ou qualquer “mente” que seja), que nao podemos pensar em cima do exemplo. Somente isso. Parece uma ideia muito interessante, pensar que existe uma especie que tem 4 vezes mais biomassa que os humanos, e que cuja acao na Terra (externalidades) eh imperceptivel. Nao precisamos deixar de consumir, seja la o que a sublimacao do desejo sexual (que eh patente nos americanos, que pensam no cartao de credito como um efetivador das pulsoes sexuais) nos leve (isso eh brincadeira com fundo de verdade, nao vao encrencar com essa frase, hein?). So precisamos pensar como fazer isso sem f* com a Terra. E usar mecanismos economicos, que gerem incentivos, para fazer isso.

    Como disse o Antonio (parafraseando o Reinaldo Azevedo): entendeu ou preciso desenhar?

    Abs e Feliz Natal,
    Danielle

  34. jorji disse:

    A questão demográfica é crucial, mais que qualquer outra na questão relativa ao meio ambiente e ao futuro da humanidade, vejamos, se estabelecermos que a população não mais crescerá, vai estacionar em 7 bilhões, qual a consequência, a longo prazo, seria o envelhecimento da população, isso já está acontecendo em muitos países da Europa e Japão. Se caso continuar a aumentar a população, com o crescimento econômico dos países outrora ditas de terceiro mundo, hoje emergentes como o Brasil, China, India e Rússia, que juntos somados constituem uma população de dois bilhões e setecentos milhões de humanos ávidos para consumir de tudo, com certeza os recursos naturais poderá chegar à exaustão, e a poluiçaõ só aumentará. À excessão dos EUA, a expansão da população só vem acontecendo em países de terceiro mundo e emergentes, vejam o exemplo catastrófico do controle de natalidade imposta à população chinesa, um filho por casal, milhões de crianças do sexo feminino foram assassinadas, já que a preferência é por filhos homens. A razão da vida é o sexo e sua consequência, a procriação, tudo que acontece é consequência, o que será que vai acontecer no futuro, o controle da natalidade virá de forma natural, mas quando a população humana estacionar, qual será o método seletivo que vai imperar, duvido que alguem tenha a resposta.

  35. denis rb disse:

    jorji,
    Pelas curvas atuais, é impossível que a população estabilize perto dos 7 bi – mais provável é que seja perto do dobro disso.

  36. Felipe Maddu disse:

    “Éramos 2 bilhões em 1927, seremos 7 bilhões em 2012. Nesse ritmo, é óbvio que o planeta não dá conta.”

    Esete trecho do texto do blogueiro é o cerne da questão, no meu ponto-de-vista. Demoramos 1927 anos pra sermos 2 bi e em apenas 85 anos vamos mais que triplicar esse número. Diante de números não há o que argumentar, e de fatos também não. Recentemente a Austrália promoveu uma matança de camelos pra controlar a população, por que com animais pode? Também há relatos de situação idêntica acontecendo com coelhos. Isso chama-se especismo. Mas não dá pra esperar muito da humanidade, o que me resta é aperta o play no “toca-fitas”, ouvir guitarras estridentes e esquecer um pouco tudo isso.

  37. Chesterton disse:

    Felipe, a Comissão Inter-Governamental sobre Superpopulação – CIGS – determinou que sua presença na Terra não mais é desejada. Conforme a lei mundial 001- a. 1 você será desencarnado para dar lugar a uma colônia de micos -leões prateados que além de produzirem uma pegada de carbono mais reduzida, não ficamk dizendo bobagens na rede.
    Tem 3 minutos para dar um telefone de Adeus a qualquer pessoa na Terra.
    Próximo.

  38. Chesterton disse:

    O próximo é você, Antonio. Va ler direito.

  39. Carlos Renato Fortes Vendramini disse:

    Com todo respeito:

    O lixo nazista nunca foi sobre controle populacional. Apenas a lógica (deles) baseada em idéias toscas como o teosofismo e o darwinismo. O único objetivo dos nazistas era recobrar o que acreditavam ser a tal raça ariana (usando da eugenia, a qual hoje é conhecida como genética ) e escravizar e exterminar as demais.

    Mas não somente os nazistas foram experts em eliminação coletiva. Elevaram a ciência ao nível de uma verdade divina. Os comunistas fizeram a mesmíssima coisa. Apenas o foco era (e continua a ser) outro. Para os nazistas o novo deus chamava-se raça. Para os comunistas o novo deus chama-se matéria.

    Aliás, notem que essas ideologias praguejam contra Deus mas não é questão de não crerem no Criador mas de querer substituí-lo por seus deuses particulares. Tais ideologias são nada menos que religiões fuleiras que tomam emprestadas qualquer coisa que “prove” que Deus não existe. Tipos como Madame Blavatisky, Darwin, Spencer, Galton, Mendell, Niche, Marx, Engels, entre outros, foram pródigos em fornecer material para as cabeças recheadas de soberba no início do século XX e isso se arrasta até o presente momento. Apesar de “Deus não existir” o “fim do mundo” graça todos os dias nas idéias mais loucas que os milenaristas caçam adoidadamente para justificarem seus planos nada confessáveis.

    Os nazistas foram praticamente riscados do mapa (pelo menos a parte visível), enquanto os comunistas continuam a sua prática por outros meios mais discretos.

    Como sabemos, as verdades científicas são transitórias. É sempre bom tomar muito cuidado com abordagens cientificistas. Exatamente o papel que cabe à filosofia: o de analisar as verdades científicas por todos os lados possíveis e imagináveis. A discussão sempre deve ser sobre essas bases filosóficas e não usando a base científica pura e simplesmente. Estamos dessa maneira nos tornando escravos de verdades transitórias.

    Um caso que exemplifica muito bem o que escrevo é aquele relativo ao famoso “buraco na camada de ozônio”. Onde está agora o tal “buraco”? O que eu sei é que algumas empresas faturaram um bom dinheiro pois eram elas que concentravam a alternativa aos gases cfc. Quanto à teoria que alertava para a diminuição do ozônio em função de tais gases, esta foi para o ralo após estudos mais recentes relacionarem a atividade solar com presença maior ou menor do ozônio.

    Impressionante como muitas pessoas supostamente esclarecidas pelo mundão afora adoram ouvir a conversa de místicos e cientistas a procura dos louros de suas descobertas. Essa tendência dessas muitas pessoas supostamente esclarecidas de se apegar ao místicos e cientistas somada à má sorte dessas pessoas estarem em posições chave do esquema de poder alemão (claro que outros fatores foram agregados ao caldo satânico) gerou o nazismo.

    O ser humano está passando por uma fase realmente triste pois na medida que se considera o centro do universo, então acha também que tudo gira em torno de suas ações. Não estamos com essa bola toda não. Estranha essa tendência de se afastar de Deus e de se aproximar de outros deuses: ciência, misticismo, comunismo, nazismo, e o que mais seja.

    David Rockfeller aposta na linha do controle populacional. George Soros na linha do aquecimento global. Qual deles devemos seguir?

    Claro que estou apenas citando dois expoentes metacapitalistas cujo grande sonho é determinar a política global e o comportamento humano.

    Não sou um idiota que acha que não se deve ter responsabilidade no trato, na relação do ser humano com o ambiente. Mas não é possível aceitar que as coisas sejam colocadas da maneira que estão sendo. Uma coisa é a relação do ser humano com o ambiente. Outra coisa é o fim do mundo.

    Quando o fim do mundo vier. Nada poderemos fazer. A não ser aguardar o julgamento de cada um. Enquanto isso podemos cuidar melhor do nosso meio ambiente e viver sem a tutela dos “bem intencionados”. O inferno está cheio de “bem intencionados”.

    Aldous Huxley em sua genialidade deu a entender algo como: “por trás de um idealista sempre há uma enorme culpa”.

    Para começar a cuidar do meio ambiente. Então, que tal limpar a porta de casa? Não jogar lixo na rua, nos rios, etc. Notem como isso parece mais ligado com educação do que com outra coisa? Mas como podemos falar em educação quando o estado se apropria da educação utilizando-se de um sistema falido que a única coisa que parece objetivar é a formação de um bando de idiotas que não são capazes de analisar a realidade?

    Coisas que se aprendia em casa com passagem de geração para geração. Coisas óbvias como saber se comportar em sociedade. Nem isso estamos tendo. Desde que o deus estado achou que a religião é coisa de fanáticos e se apropriou da moral.

    No fundo. Discute-se tanta coisa. Mas é bem claro que estamos deixando que os “bem intencionados” determinem os rumos os quais eles não têm a mínima intenção quais sejam.

    Isso me cheira à definição de revolução: aquele processo no qual somos inseridos contra nossa vontade e que não temos a mínima idéia do que seja e nem de onde vai dar.

    Agradeço aos “bem intencionados” por não resolverem nada, exceto enlouquecer as pessoas um pouco mais a cada dia.

  40. denis rb disse:

    Carlos Renato,
    Lembrando que a eugenia não era popular só na Alemanha nazista e nos países comunistas. Na verdade, as primeiras experiências eugênicas de esterilizações forçadas aconteceram no sul dos Estados Unidos. Os teóricos americanos da eugenia influenciaram fortemente a ideologia nazista.

  41. Chesterton disse:

    Certo Dennis, mas lembre-se que eles eram os progressistas, os “liberals” de hoje, ou melhor traduzindo, os esquerdistas. Deixavam os conservadores de cabelo em pé.

  42. Chesterton disse:

    …que me lembra essa cena

  43. denis rb disse:

    No mínimo discutível, Chesterton.
    A eugenia foi popular no país inteiro e chegou a contar com a simpatia tanto de presidentes democratas (Wilson) como republicanos (Roosevelt). Dizer que trata-se de uma ideologia “de esquerda” é uma grande simplificação.

  44. jorji disse:

    Se perguntarem para as mulheres, que tipo de homem elas escolheriam para que fosse os pais de sua prole, 99 em cada 100 com certeza diriam que querem machos alto, forte, belo rosto, e com boa condição financeira, e a biologia tem a explicação lógica, as chances dessa criança sobreviver seriam maiores. A eugenia de Francis Galton, nada mais é do que o aprimoramento sistemático da genética , seja física ou mentalmente, essa concepção o ser humano na prática sempre utilizou em animais e vegetais que servem para o consumo, e diversas pesquisa são feitas para termos mais produtividade e qualidade. Nós humanos, também sempre usamos desse método, a famosa “seleção natural”, seja pelo mecanismo da violência ( assassinatos, guerras, suicídios, etc ), seja pela escolha do parceiro sexual, sempre foi assim e sempre será. A utilização da engenharia genética para a procriação já na prática está sendo utilizada, uma atriz famosa de hollwwood, loira e homossexual, para ter um filho usou o sêmen de um homem também loiro, e o principal critério foi o QI do doador.Eu tenho certeza de que no futuro, sem estimar quando, o metodo a ser utilizado pela espécie humana para a procriação será através da engenharia genética, com o advento do DNA, é irreversível, neste mundo, “os fracos não tem vez”.

  45. PatPat disse:

    curioso, Denis. há uns dois dias o egroup dos Azuis vem discutindo essa questão internamente.
    não tive paciência pra ler os comments. Mas pensar em impacto zero dos humanos parece sonho digno de Roddenberry em Star Trek. Afinal, não temos biomassa de formigas, não nos comportamos como elas. Ontem mesmo soprei uma na porta do elevador, pobrezinha.
    Se não nos comportarmos direitinho, a Terra será delas e vai se virar sem nós, não é mesmo?

    gostei de saber da existência desse instituto drift. bacana seu texto.

    abraço e um 2010 mais sustentável a todos nós!

  46. Carlos Renato Fortes Vendramini disse:

    jorji disse:
    dezembro 23, 2009 às 3:50 pm

    É difícil acreditar que eu li isso.

    Somos seres humanos cheios de imperfeições. Temos nossos preconceitos. Enfim. Mas jamais imaginei que chegaríamos ao ponto de equiparar-nos aos cães. E eu adoro os cães. Mas sou consciente do fosso que nos separa. Até Pavlov ficou horrorizado quando Stalin determinou que se padronizasse o “homus sovieticus”. Isso na questão do comportamento. Agora o papo geneticista, assim como toda balela “bem intencionada”, leva a frente a bandeira das “boas causas” apenas como modo de esconder a monstruosidade que acompanha essas “boas causas”. Todo aquele “bom papo” sobre células-tronco embrionárias, etc. Quem tem um mínimo de noção sabe onde essa gente quer chegar.

    É a história que se repete, mas agora como farsa.

    Que Deus não tenha piedade dessas almas. Aqui encerro minha breve participação.

    Obrigado.

  47. Felipe Maddu disse:

    Chesterton, de que Planeta vc é? Suas ideias são primárias, caretas rsrsrs Pior que vc só são as de Carlos Renato, estão paradas no tempo, do século passado, guerra fria e afins.

  48. Chesterton disse:

    Denis, Roosevelt era do Partido Democrata.

  49. Chesterton disse:

    Alias, Dennis aproveite os feriados para ler Fascismo de Esquerda, garanto que vai aprender uma coisa ou duas.

  50. denis rb disse:

    Chesterton,
    O Roosevelt que namorou com a eugenia foi Theodore Roosevelt, republicano, e não Franklin Roosevelt, democrata.

  51. denis rb disse:

    Agradeço a dica de leitura, Chesterton,
    Mas já escolhi meu livro para as férias. Vou ler Thoreau: achei uma edição dupla de “Walden: A vida nos bosques” e “Desobediência Civil”. 😉

  52. Felipe Maddu disse:

    ele nem deve saber quem é Thoreau, Denis rsrs

  53. Kelli disse:

    É a primeira vez que escrevo neste blog apesar de sempre ler, o pior de tudo é ver a “guerra” que alguns frequentadores travam…. lamentável, e por isso que nunca chegamos a lugar nenhum.E os problemas só se agravam…

  54. Chesterton disse:

    Not so fast, FDR era uma figurinha que apreciava o facismo italiano e alemão , elogiava o método empregado por eles, e por eles era elogiado no seu New Deal proto-facista: “what we are doing in this country were some of the things that were being done in Russia and even some of the things that were being done under Hitler in Germany.”
    Ou do italiano
    “The appeal to the decisiveness and masculine sobriety of the nation’s youth, with which Roosevelt here calls his readers to battle, is reminiscent of the ways and means by which Fascism awakened the Italian people.”
    O interessante é que contratou Frederick Osborn fundador da Sociedade Eugenista Americana em varios cargos relacionados a educação de militares americanos. Um eugenista de carteirinha que teve vasta influencia no pós guerra.
    E ainda tem outras passagens onde mostrava admiração pelos métodos e discutia seus motivos

    .” Also during this time, Franklin Roosevelt became president, and in Christopher Thorne’s Allies of a Kind (1978) one finds:
    “Subjects to do with breeding and race seem, indeed, to have held a certain fascination for the president…. Roosevelt felt it in order to talk, jokingly, of dealing with Puerto Rico’s excessive birth rate by employing, in his own words, ‘the methods which Hitler used effectively’ [to make them] sterile.”

  55. Chesterton disse:

    Faltou dizer que toda elite progressista endinheirada da Europa e EUA daquela época era favoravel ao eugenismo, off course.

  56. jorji disse:

    Carlos Renato, ainda bem que não acredito em Deus, e tenha dó dos pobres cães, eles são melhores que nós.

  57. jorji disse:

    Gente, é a genetica, é a genética, é a genetica……………………………….aí mora o perigo! Eu tenho certeza de que não é apenas para a cura das doenças, a principal finalidade é criar em série indivíduos geneticamente extraordinários.

  58. jorji disse:

    A eugenia não morreu, não morrerá jamais na mente humana enquanto existirmos.

  59. Felipe Maddu disse:

    Opiniões conflitantes à parte, Feliz natal sustentável para todos vocês!!!

  60. denis rb disse:

    Feliz Natal, rapaziada
    Tô indo viajar daqui a pouco pro deserto do Atacama. Escrevo de lá.
    abraços!

  61. Carlos Renato Fortes Vendramini disse:

    Olha o que eu leio aqui: “não devemos procriar como ratos”. Tem um espertão que fala em “Feliz Natal Sustentável”. Esse “Natal Sustentável” deve ser uma referência a um “outro deus”. Tem um comentário interessante: “as discussões não levam a nada”.

    Só rindo mesmo.

    O que me impressiona mesmo é a petulância digna dos ignorantes. Afinal quanto mais ignorante se acha mais sabido. Mas não entende que esse “ser mais sabido” é fruto do seu nada saber.

    Muito interessante a lógica que move certas pessoas. A demanda criada por suas idéias toscas agora deve ser atendida pelas mesmas idéias toscas.

    Desenhando para certas pessoas: o deus ciência que cultuam gerou a situação que vivemos agora. Para “resolver” nos oferecem novamente as “bençãos” do seu “deus ciência”.

    Isso me lembra o que o capitão Nascimento fala para o maconheiro diante do corpo do traficante morto: “quem matou esse cara foi você”. É isso aí senhores “bonzinhos”. Quem ferrou com tudo foram as mesmas idéias que vocês defendem. Parece aquele papo do Mao Zedong ordenando que as pessoas matassem as andorinhas para o bem da agricultura chinesa. O remédio foi pior que a doença.

    Voltem para a realidade de deixem de viver no seu universo paralelo, ok? É aqui que as coisas acontecem e não no seu imaginário.

  62. Luiz Carlos Pôrto disse:

    Denis,

    Somente hoje li esse seu post do final do ano. Excelente.

    O Michael Braungart tem um excelente livro com o grande arquiteto William McDonough, chamado Cradle to Cradle – Remaking the Way We Make Things (link da Amazon: http://www.amazon.com/Cradle-Remaking-Way-Make-Things/dp/0865475873/ref=sr_1_1?ie=UTF8&s=books&qid=1265212018&sr=1-1).

    É leitura obrigatória para entender a forma como consumimos os recursos naturais e, consequentemente, a pressão que nós humanos exercemos sobre o Planeta.

    Um abraço

  63. Milena Nayara Torres de Sousa disse:

    e uma porcaria

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