Pessoas que existem e pessoas que não existem

Semana passada minha pesquisa me levou para Lisboa. Uma noite, depois do jantar, meu anfitrião me levou para passear pelas ruas escuras e tortas, cercadas de casas inclinadas, sobre as pedrinhas brancas irregulares que por lá não se chamam “portuguesas” (chamam apenas “calçada”).

20110627-060957.jpg

Meu anfitrião conhece e adora o Brasil, e é fascinado em especial pelo nosso jeito de projetar as coisas, tão parecido e ao mesmo tempo completamente diferente do jeito deles. Esse tema foi naturalmente levando nossa conversa para a arquitetura modernista, que gerou no Brasil uma capital tão diferente de Lisboa quanto uma cidade pode ser diferente de outra. Comentei que é curioso que Brasília tenha nascido na mente de um comunista. Meu amigo português tinha a explicação na ponta da língua:

“Modernismo e comunismo. Dois sistemas criados para pessoas que não existem.”

Verdade, tanto um quanto o outro nasceram de utopias inegavelmente bem intencionadas. Ambos cometeram o mesmo erro. Deixaram de levar em conta o que as pessoas querem, como elas são, do que elas gostam, o que elas desejam. Em vez disso, ambos partiram de um projeto de como o mundo deveria ser, e tentaram forçar as pessoas a se encaixarem nesse projeto. Ambos tentaram inventar um novo homem – que não existia – para encaixar em sua sociedade perfeita. Só que eles esqueceram de que seu projeto, para dar certo, dependia de as pessoas quererem. E as pessoas têm essa mania de terem suas próprias vontades.

Voltei para casa andando, embalado pelo vinho verde, pensando em como o tema de minha pesquisa – a proibição das drogas – é no fundo a mesma coisa. No geral, os proibicionistas não são gente malvada que quer prejudicar os outros. Seu projeto original surgiu de uma utopia bem intencionada. Eles não gostavam que houvesse no mundo gente sofrendo, gente atormentada e auto-destrutiva. Ele não queriam mais doença nem conflito nem morte. E, como eles viam que as drogas frequentemente causavam essas coisas ruins, eles resolveram proibi-las na esperança de que assim baniriam todo o sofrimento.

Só que não foi isso que aconteceu. Os atormentados e os auto-destrutivos, os violentos e os problemáticos continuaram existindo. Só que eles foram mandados para a cadeia, onde morreram, adoeceram, se organizaram. Surgiu um mercado ilegal, o que é sempre lucrativo, e assim os problemas ganharam uma fonte inesgotável de financiamento. Os párias da sociedade ficaram ricos. O mundo continuou cheio de sofrimento, de doença e de morte, e a utopia tornou isso tudo muito pior.

Há dez anos, Portugal resolveu que iria criar um novo sistema para lidar com os problemas que as drogas causam: um sistema projetado para pessoas que existem, focado em reduzir seu sofrimento e em reduzir o sofrimento da sociedade toda. O que Portugal fez não foi “liberar”, nem “legalizar” as drogas. O que se fez lá foi pensar no problema, e tentar resolvê-lo, sem tentar inventar pessoas que não existem.

Bem diferente do que acontece no Brasil. Aqui, nossa política está inteirinha na mão de oportunistas, que estão mais interessados em votos do que em resolver problemas. E políticos oportunistas sabem que um bom jeito de ganhar votos é com um discurso durão contra as drogas.

Agora já deixei Portugal. Cruzei o Estreito de Gibraltar e subi as montanhas do Rif, no norte do Marrocos. Aqui há séculos se fuma o kif, que é a planta inteira da maconha triturada e queimada num longo cachimbo de madeira. É uma droga leve, que os velhos ainda fumam, desafiadores, ignorando os policiais, que nada mais são do que meninos que eles viram crescer. As festas populares dos vilarejos são tranquilas, como costumam ser as festas onde não há álcool. Mas cada vez mais a tradicão do kif vai dando lugar ao comércio de haxixe, muito mais forte e portanto interessante para o tráfico internacional.

20110627-061410.jpg

A planta da frente é tabaco. A de trás, mais alta, também se fuma

A proibição vem chegando devagar nesta terra apegada às tradições. Ano passado o governo atirou inseticida de aviões, matando oliveiras e animais junto com os pés de maconha. A violência está crescendo. Como por aqui quase não há alternativa de atividade econômica, a proibição vai forçando as pessoas a optarem entre a pobreza e o crime, uma escolha que vai rachando as comunidades. Contam-me que uma velha agricultora se enforcou, desesperada com as dívidas que se acumulavam, arrasada porque a polícia entrou em sua casa e queimou sua plantação de kif.

Pessoas que existem são mesmo assim. Reagem de maneira inesperada.

112 comentários
  1. Lucas Jerzy Portela disse:

    surtou, Denis?

    O post tá sem texto nenhum!

  2. denis rb disse:

    Não surtei, Lucas
    Fui é sacaneado pelo maldito Steve Jobs, que me fez esperar na fila para pagar uma fortuna por este iPad que não funciona. Perdi o texto todo e tive que escrever tudo de novo. (Obviamente, a outra versão estava muito melhor.)

  3. Marcelo Fellows disse:

    Que nada, o texto tá bom.
    O que existe é usuário, traficante, político oportunista, político bem – intencionado, policial corrupto, policial cumpridor da lei.
    E existe o problema que, ou a gente continua varrendo para debaixo do tapete, ou enfrenta com coragem.
    Abs.,
    Marcelo

  4. Claudio disse:

    Perfeito Denis! Como sempre!

  5. Necrosauro disse:

    ei Denis tens razão. O Brasil também está abarrotado de leis que foram elaboradas para pessoas que não existem, boa parte do que é criado visa apenas a sensação de consciência limpa.

  6. Claudia Chow disse:

    Pra variar vc escreve textos q eu gostaria de ter escrito! Sensacional!

    Uia, o Steve Jobs tb sabota, é? Poxa, achava q só Bill Gates q nao gostava de mim…

  7. Glauco disse:

    Eu descreveria esse texto como “dedo nas feridas com carinho”. Muito Bom!

  8. reynaldo disse:

    Apesar da centena de mensagens que troquei com Denis para ele estabelecer melhor as diferenças, ele continua limitado em suas definições. “Modernismo e comunismo partiram de um projeto de como o mundo deveria ser, e tentaram forçar as pessoas a se encaixarem nesse projeto. Ambos tentaram inventar um novo homem – que não existia – para encaixar em sua sociedade perfeita. Só que eles esqueceram de que seu projeto, para dar certo, dependia de as pessoas quererem. E as pessoas têm essa mania de terem suas próprias vontades”. Primeiro, Denis, é preciso diferenciar aqueles que se apropriaram do ideário comunista para seus projetos autoritários de poder. Esses nunca tiveram um projeto de mundo ideal para forçar as pessoas a entrar nele, seu único objetivo foi e é se manter no poder, o mesmo projeto dos pretensos democratas do PT, do PSDB e do DEM. Agora, os milhares de estudiosos sérios em ciências humanas que possuem o marxismo como uma entre outras referências teóricas, sabem que Marx não tem um parágrafo escrito sobre uma suposta sociedade comunista, perfeita, que deveria servir como um modelo a seguir, reduzindo as diferenças individuais. Ele disse que havia uma lei que rege as sociedades humanas: as revoluções ocorrem quando as forças produtivas entram em contradição com o modo de produção. A burguesia não suportava as limitações do modo de produção feudal e como força produtiva em avanço nos séculos XVII e XVIII, acabou por cortar a cabeça do rei. Os proletários seriam a força produtiva que destruiria o modo de produção burguês, fundado na industrialização e no exploração do homem pelo homem pela via do trabalho assalariado. Isso não aconteceu da forma como ele previa, o que não quer dizer que não deva acontecer. O que o leitor acha que está acontecendo na Grécia atual. Existe uma classe hegemônica, a Aristocracia Financeira, que está sugando as riquezas de nações inteiras. O trabalhador, eu, você, devemos nos unir de algum modo para fazer frente a esse processo voraz de concentração de renda. O que vai resultar dessa revolução, seria bom que nós mesmos saibamos, os trabalhadores, e não um Sindicato ou Partido. Agora, quanto à questão de que as pessoas é que sabem que rumo vão dar a suas vidas. As pessoas são em parte influenciadas pelo meio social, em parte por seus propósitos pessoais. Algumas são mais pelos primeiros, outras pelos segundos, ou mais ou menos. Mas essa idéia de pessoas livres por excelência é falsa. Na certa eu não quero que Stalin ou os projetistas de Brasília determinem os caminhos que devo traçar. Mas acontece que o MacDonald, os filmes violentos da Fox, as novela açucaradas e maniqueistas da Globo, as Igrejas Messiânicas em ebulição, a grande mídia que veicula a idéia de que o povo grego não entende de macroeconomia e portanto os mesmos tecnocratas que o estão levando para o buraco possuem a solução do problema, toda essa gente é que determina o rumo do mundo em que vivemos. Se não queremos que Hugo Chavez diga o que é certo ou errado para mim, também não deveríamos querer que Silvio Santos ou Reinaldo de Azevedo digam, não é verdade? Denis, pela milésima vez, faça por favor uma diferença entre comunistas de carteirinha, que não são idealistas coisa nenhuma, e os estudiosos das ciências sociais que possuem o marxismo como um dos paradigmas ainda ativos, atento às mudanças do mundo. Por favor. Desculpa a delonga.

  9. márcio neves disse:

    gostaria de fazer uma pergunta sobre as qualidades medicinais da maconha: o fumo foi descoberto pela nobreza européia em contato com outros povos nas grandes navegações(da mesma forma que a cocaína e a maconha)e pra alguns médicos comteporâneos de malthus,curava até turbeculose.hoje já se sabe que não tem esse efeito e pode causar até cancêr de pulmão.a heroína,no século 19 foi inventada pra ser um remédio,mas sabe-se que seus efeitos eram placebos (que nem a homeopatia da mesma época) e era deletério e viciante e por isso foi proibida.qual seria então o objetivo de achar “chifre-na-cabeça-de-cavalo” em procurar utilidade naquilo que não presta ? já não basta o lobby , a corrupção e o contrabando do cigarro ? o brasil tem que legalizar a maconha pra ele encontrar sua vocação de exportar commodities agrícolas ? essa indústria legalizada não seria mais um instrumento na exploração dos operários e camponeses de nosso país ? (fortalecendo latifúndios no estilo da cana agrocombustível ?) espero respostas.

  10. denis rb disse:

    Márcio,
    Tente se colocar no lugar de um paciente de esclerose múltipla, progressivamente sofrendo danos irreversíveis no sistema nervoso, levando uma vida sofrida, convive do com dor. Ou alguém com cancer, enfrentando enjôos terríveis, perdendo peso e sem apetite para comer. Ou de glaucoma, perdendo a visão. Entendo que você tenha medo da maconha (embora ache esse medo irracional, depois de bilhões de dólares investidos ao longo de um século para encontrar malefícios, como parte da campanha proibicionista, que é financiada por lobbies poderosos). Mas não consigo entender sua falta de empatia por gente comum, que está sofrendo, e que comprovadamente poderia obter alivio com um remédio super disponível, fácil de produzir, barato e farmacologicamente seguro. Essas pessoas talvez não possam esperar 100 anos, ou 10 anos, talvez nem mesmo um mês. E vc anão quer que elas tenham acesso a algum alivio porque pode ser que algum dia, no futuro, alguém descubra que a maconha, na verdade, faz mal?

  11. denis rb disse:

    Sem problemas, reynaldo, aceito sim todas as suas ressalvas. Pode ser assim como você falou – não acho que isso mude a essência do que eu quero dizer.

  12. ciro disse:

    Olá Denis! Parabéns pelo projeto e pelos textos. Desejo a vc força e perseverança (e um pouco de paixão, claro), que só assim a gente muda esse mundo! Boa Sorte!

  13. reynaldo disse:

    Não, Denis, não muda a essência do que você quer dizer, apenas, como um sujeito inteligente que é, deveria tomar mais cuidado para não informar mal seu leitor, sobretudo o mais jovem. Recomendo ao leitor que não confunda o termo genérico “comunismo” com o comunismo de carteirinha, de partido político hegemônico e totalitário, o comunismo dos donos do poder de plantão. Se alguém estiver tentando confundir José Dirceu e Jean Paul Sartre como farinha do mesmo saco, desconfie, são duas coisas completamente diferentes. Então, Denis, aconselho um pouco mais de prudência no uso do termo, o leitor merece ser bem informado, não acha?

  14. Felipe disse:

    Reynaldo tem razão, o comunismo que se refere no texto é na verdade o socialismo real, já que o comunismo, de fato, nunca existiu.

  15. Gerson B disse:

    “O comunismo de fato nunca existiu”. Engraçado que toda vez que se tenta implantar o comunismo de fato ele vira o “de carteirinha”. A gente sempre vê jovens idealistas que acham que com eles vai ser diferente das tentativas anteriores e sempre acaba do mesmo jeito.

  16. Claudio disse:

    Márcio, o fumo foi descoberto, usado e até incentivado pela mídia. Depois que descobriram seus danos foram emitidos alertas e proibido de ser incentivado, porém nunca teve seu comércio e consumo proibido. A maconha sempre foi consumida, há milhares de anos e nunca conseguiram provar danos tão evidentes e perigosos quanto os do tabaco, pelo contrário, cada vez descobriam mais efeitos medicinais, que hoje já estão plenamente comprovados. No entanto continua proibida.
    Vc citou a heroína mas não apontou os efeitos nocivos da maconha que justificasse sua proibição, efeitos esses que deveriam ser piores que os do álcool e os do tabaco pra fazer algum sentido. Seria interessente então descobrir por quais motivos a maconha foi proibida e ver se realmente vale a pena continuar proibida nos dias de hoje.
    Independente de efeitos medicinais a proibição não se justifica. Primeiro pq não funcionou como imaginaram, depois pq poda o direito individual do cidadão. Vc se preocupa com o contrabando de cigarros, mas não se preocupa com o tráfico de maconha?! Quantas pessoas morrem por causa desse contrabando de cigarros? Quantas pessoas morrem por causa do tráfico de maconha? Por ano morrem 5,7 milhões pelo consumo de tabaco. E pelo consumo de maconha?
    Se ela já é consumida há milhares de anos, e atualmente por mais de 200 milhões de pessoas, já deu tempo suficiente pra aparecerem os índices de mortalidade.
    O consumo de drogas lícitas mata muito mais do que a maconha, e não é pq são mais consumidas não, é pq são mais danosas mesmo.
    .
    “Hoje em dia está absolutamente bem demonstrado, não há razão a não ser ideológica, para recusar-se a verdade de que a maconha tem efeitos terapêuticos plenamente provados”.
    ***Carlini**** Dr. Elisaldo Carlini é médico, psicofarmacologista e trabalha no CEBRID, Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas, além de ser professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. É um dos maiores especialistas brasileiros em drogas psicotrópicas. Estudioso da maconha medicinal há 50 anos.

  17. reynaldo disse:

    O ponto central dessas discussões, parece claro, é o de que a proibição não deu certo. Concordo plenamente. Agora precisamos estender o conceito de droga. Existe muita gente que vai à igreja para usar uma droga muito famosa e pouco reprimida, chamada Jesus Cristo. Causa euforia, sensação de comunhão com o universo e de participar de algo único, que exclui outras vias de percepção. Também deixa a mente obtusa, é a parte ruim da viagem, pois tende a fechá-la em relação a tudo que não constitui o caminho de uma via só. “A porta é estreita” e só entram os eleitos, ou seja, aqueles que se declaram a si mesmos os eleitos. O fato é que a droga Jesus, como qualquer outra droga, ganha sua “realidade alucinógena” na mente e no corpo do usuário e como cada corpo e mente é diferente, os efeitos são diferentes. Há os que usam apenas no fim de semana, em comunhão, no templo, e saem dali extasiados mas só até virar a esquina, quando o efeito vai passando, e voltam a suas vidas leigas, cotidianas, de pequenas tarefas e prazeres miúdos. Há aqueles que usam a toda hora, estão sempre com Jesus na cabeça e querem “aplicar” em todo mundo, numa boa, pelo convencimento. E há os que querem forçar todos a aceitar sua droga e depreciam quem não a aceita e são capazes, no limite, de usar de violência para expandir sua iluminada adicção. É impossível saber quando o usuário de uma droga vai fazer mal a outra pessoa, como aquele motoboy que está tão chapado que entra na contra-mão e mata uma criança, o tesouro de uma família, que vinha do outro lado, de carro, devagar e na mão correta. Apenas por causa dessa única criança morta, vale a pena sumir com toda a droga no planeta, por mais prazer que isso traga a milhões que fazem dela um uso pessoal inofensivo? Vale. Isso é viável, na prática? Parece que não. Então é preciso pensar o que fazer. As drogas curam doenças, aliviam a dor, causam prazer, dão verdadeiros insights de produção artística e de conhecimento pessoal a certas mentes com poderes muito específicos? Yes. E essas mesmas drogas podem também ser aquele “up” necessário para que um panaca faça uma tremenda besteira, devastando a vida de muita gente que não tem nada a ver com a “parada”? Yes. Tudo indica que a proibição adiciona a esses males inevitáveis outros males que poderiam ser evitados com a liberação regrada, tais como a corrupção e a violência envolvido na competição do tráfico e em sua repressão. Tudo indica. O fato é que a proibição já deu errado. É preciso tentar outro método e ver no que vai dar. O Brasil não é a Holanda ou Portugal, há muita bandalheira e ignorância no capitalismo selvagem de baixo nível, a tendência é que aqui o consumo dos idiotas vai se expandir e também as cagadas que eles fazem. Mas é preciso ver para crer. Espero não estar naquele carro que vem vindo na mão certa mas na hora errada.

  18. reynaldo disse:

    E ah, Gerson B e Felipe, é só um toque, numa boa, procurem estudar as ciências humanas e verificar a contribuição que o marxismo deu para seu avanço nos séculos XIX, XX e XXI. Depois, retomamos nosso diálogo, em mais alto nível, ok? Vão me chamar de pedante. Não sou não, se me conhecessem iam ver que sou um cara até humilde. Chato sim, eu sou, o Denis que o saiba. Acontece que há certas coisas que se aprende estudando. Não há outro caminho a não ser o de navegar passivamente no vento geral da opinião. Vale lembrar que, se não fosse Marx e seus seguidores, inspirando movimentos sociais pelos quatro cantos do planeta há duzentos anos, ainda cumpriríamos as jornadas de trabalho que caracterizaram o capitalismo incipiente dos séculos XVIII e XIX: dezesseis, dezoito horas por dia ou mais. Se vocês, amigos, trabalham oito horas por dia, é por causa de um bando de tolos jovens idealistas que muitas vezes deram suas vidas pela causa. E só para constar: tenho quarenta e cinco anos de idade mas resisto, viu?, ao lado de bravos como esse Denis Russo e milhares de outros. Se liguem.

  19. Felipe disse:

    Gerson B eu não defendi o comunismo, só fiz uma constatação. O problemas é que quem tentou implantar o sistema adquiriu vicios das piores características do capitalismo, como megalomania, concentração de poder e busca de lucros a qualquer custo, só importando os fins. Pra mim o importante são os meios sim e sou crítico a todos os sistemas, pois nenhum deu certo. Pq se o capitalimso estivesse dando certo não estaria morrendo uma pessoa agora, agora, um agora e agora…de fome e outras mazelas.

  20. Flor Maria disse:

    Caros, todos incluindo o autor.
    Li vários dos comentários abaixo e li com muito entusiasmo o texto acima até a metade. Venho estudando o projeto de Brasília e essas questões do comunismo, do modernismo e da invenção de um homem, diferente do homem que somos, têm ocupado espaço nos meus pensamento. Entretanto penso que algumas vezes a discussão a respeito das drogas é um tanto ingênua. Gostaria que todos que defendem fizessem duas experiências: morar em uma comunidade carente, em uma favela e passar um final de semana em uma clínica para dependentes, acho que ainda proponho uma terceira experiência, visitar as casas de passagem onde ficam as crianças geradas por usuárias de drogas, essas crianças nasceram dependentes e não tiveram escolha, sofrem crises de abstinência, insuficiência cardíaca, renal, porque suas mães escolheram fazer uma viagem e ficaram viciadas. Fico muito preocupada com a defesa das drogas e tudo o que escrevem a respeito do uso “pacífico”. Cresci em uma cidade muito pobre e vi dezenas de tragédias por causa das drogas. Nessa comunidade não se percebia ninguém envolvido com esse processo que fizesse um uso tão ingênuo e inocente assim como se apregoa. Meu vizinho do lado espancava a mãe toda vez que fumava seu back e quando não fumava roubava-a pois assim conseguia dinheiro para comprar mais, ficar fumado e voltar a bater nela. Outros roubavam outras pessoas para ficar numa nice com um back que eles ou a situação social deles não dava conta de comprar. Mais tarde quando fui para a universidade percebi que quem vinha de famílias um pouco mais ricas faziam uso de drogas como se fossem uma bebidinha social, aliás isso acontecia tanto para as drogas quanto para a fé ou a religião. Famílias abastadas que têm acesso à cultura e são estruturadas emocionalmente (vejam quantas condições) lidam muito bem com as drogas, com a religião, com o consumo, são comedidos até no consumo, uma outra droga. Entretanto, qualquer desiquilíbrio nesse conjunto(emoção, cultura, afeto, recursos financeiros) potencializam uma cadeia que talvez a fragilidade da sociedade não dê conta. Também acho que como não se fala abertamente sobre o uso de drogas muitos dados simplesmente não existem. Quantas pessoas causaram acidentes de trânsito estando sob efeito de drogas? Não sabemos, não temos dados sobre isso. Quantas pessoas começaram com maconha e estão perdidas ou mortas depois de chegarem em drogas como crack? Não sabemos. Quanto a humanidade perderia em genialidade e produtividade se elevássemos a máxima potência o uso de drogas como a letárgica maconha? Tive um colega de faculdade que ficava tão chapado, tão chapado que não era raro vê-lo após as aulas na universidade abraçado a uma árvore babando ou achando que se tratava de fato de uma pessoa. Quantas vezes ele estava esperando no ponto de ônibus conosco e quando entravamos no coletivo ele olhava com a maior cara de espanto e falava “fulano” quanto tempo não te vejo, o que vc anda fazendo?”. Apesar de ser meu veterano, ele conseguiu se formar uns três anos depois de mim. Certa vez em um curso livre que eu ministrava recebi-o como aluno, era muito triste ver que mesmo não mais sob efeito de drogas, ele não conseguia desenvolver nada, tinha tremores, não tinha foco e, como dizem os mais jovens, estava completamente sequelado. Vi pessoas brilhantes perderem o entusiasmo e a vida. Será que precisamos disso? Precisamos (des)inventar drogas, sistemas políticos, religião…propor discussão de como liberar é um pouco falta de noção, a mesma falta de noção do usuário que atrás dele traz todo o trafêgo de drogas nas costas e pensa não ter responsabilidade nenhuma com as mortes que aparecem em função disso. O usuário queria ficar numa nice, comprou seus backs, financiou armas, ajudou balas perdidas a serem balas encontradas em pessoas que não têm nada a ver com isso…e ele não tem responsabilidade nenhuma, exatamente porque estamos numa sociedade que cria cada vez mais irresponsáveis…Depois de tantos anos o mundo conseguiu reduzir o uso de tabaco, agora colocaremos a maconha no lugar? Enfim.

  21. denis rb disse:

    Flor Maria,
    Tenho visitado centros de tratamentos para dependentes. Fiquei muito impressionado com o que vi em Portugal, onde se passou a considerar as drogas uma questão de saúde, e não de polícia. Obviamente isso não faz os problemas desaparecerem, mas é incrível ver o sucesso que o país está tendo em criar um ambiente mais humano e em reduzir os danos causados pelas drogas. Tenho também visitado comunidades ricas e pobres e uma coisa está clara para mim: no mundo inteiro, onde há proibição, ela machuca as comunidades pobres muito mais, enquanto os ricos poema usar drogas tranquilamente na privacidade de sua casas. No mundo todo, a maioria os usuarios de drogas presos são de classes mais baixas e de minorias raciais. Tudo isso é efeito da proibição. Países experimentando com modelos alternativos estão tendo um sucesso tremendo em reduzir esses problemas. Quanto ao seu vizinho que batia na mulher quando fumava um beque, vale dizer que há extensão pesquisa que mostra que o uso de maconha não está relacionado àviolencia domestica – álcool e cocaína, por outro lado, estão. Na verdade, há autores americanos que propoem que o estado estimule a substituição do uso do álcool pela maconha, como estratégia para reduzir a violência domesticar, o crime e s acidentes de trânsito.

  22. márcio neves disse:

    só acho que não é só a maconha que pode e deve ser testada pra tratar doenças… é a mesma questão das religiões…

  23. jorji disse:

    Drogas, uma questão de saúde, ou seja, questão de natureza biológica, porque existem pessoas que fazem o uso de drogas? a resposta está no metabolismo químico do cérebro de certos indivíduos, a produção de certos hormônios neste indivíduos é deficitário, aqueles que causam a sensação de bem estar, é em cima do conhecimento científico é que as leis tem que se embasar, o resto é conversa de botequim.

  24. x disse:

    “A Matemática é a Rainha de Todas as Ciências, e a Aritmética é a Rainha de Todas as Matemáticas.” – Carl Friedrich Gauss, o Príncipe dos Matemáticos

  25. José disse:

    O niemeyer é um baita picareta! sempre arrumou seus ótimos contratos porque tinha o aval dos PCs do mundo afora, ou de gente que não sabe nada de arquitetura. não confiaria a ele o projeto da casinha do meu pit bull.

  26. y disse:

    Corre verdadeiro perigo a Terra, porque a nossa educação matemática -científica – foi deprimentemente proibida, desprestigiada, esquecida, menosprezada, perseguida e até destruída em nosso asteróide pequeno chamado Terra. Vejam todo tipo de modificação climática que está ocorrendo no planeta. Toda planta viva deveria, desde sempre, ser carinhosamente cultivada e racionalmente utilizada para todos os fins possíveis, pois é nelas que está a cura para todas as doenças conhecidas ou ainda a conhecer-se, além da capacidade de religar todos os organismos vivos com Gaia – a Mãe Terra – este ser vivo gigantesco, em cuja pele facial habitamos. Nossa matriz energética anticanábica é equivocadamente não renovável e absurdamente insustentável. Até aqui, Nós humanos não estudamos o necessário, nem o suficiente, para nos defendermos de uma casualidade qualquer, verdadeiramente real e desconhecida, pois vivemos esquecendo de que estamos colados, por frágil gravidade, sobre uma bola de ferro, areia e água, girando a 1.666 km/h em torno de si mesma, e a 104.000 km/h em torno do Sol. Com desdobramentos inimagináveis, a qualquer momento podemos ser contatados por nações alienígenas, que, visivelmente, têm visitado diversos lugares do Mundo diuturnamente, aos olhos de todos, e, sem dúvida alguma, ostentam possuir máxima amplidão de conhecimentos científicos e elevadíssimo domínio de educação matemática. Ninguém poderia voar daquela maneira senão dominando uma Física que vai além dos nossos rudimentares conhecimentos de cálculo diferencial, integral, tensorial, funcional. As imagens são todas de 2011. Poderiam todos aqueles casos tratar-se de experimentos ultrassecretos, realizados pela comunidade científica – e/ou militar – terrestre?

  27. reynaldo disse:

    O cara viaja na maionese da matemática e chega até aos ETs que “visivelmente, têm visitado diversos lugares do Mundo diuturnamente, aos olhos de todos”. Visivelmente aos olhos de todos. Esse veio da Califórnia, 32% THC. Assim, com o pretexto de legitimar as vantagens, acabamos enfatizando os males da velha e boa Cannabis, não é uma verdade? Não matemática, claro.

  28. Marcelo disse:

    Reynaldo, na verdade, é com o pretexto de enfrentar os “males” da maconha (os quais eu, com mais de dez anos de uso, ainda não encontrei)que o estado promove uma guerra cara e inútil que só serve como pretexto para violência policial contra os mais pobres e para enriquecer corruptos e criminosos violentos.

  29. Marcelo disse:

    P.s. As idéias do fã dos ETs aí embaixo nada têm a ver com maconha. Muita gente não precisa de droga nenhuma para ser louco.

  30. Itamar disse:

    Histórico. Morre Itamar Franco. Todas as homenagens devidamente rendidas ao nosso melhor ex-presidente. Trouxe-nos o Plano Real, e pôs no comando um virtuoso brasileiro: Fernando Henrique Cardoso, o mesmo ex-presidente que, 100%, está convictamente engajado neste esforço mundial pela alforria canábica antiapartheid, e que pede a simpatia de todos nesta luta historicamente necessária do direito contra a violência. Na sequência, um vídeo que dá espaço ao tema, e trata com humor – bem humorado, tal como era nosso aguerrido ex-presidente Itamar Franco – do assunto canábis num dos programas mais assistidos no Brasil.

  31. Adônis disse:

    Buenos dias, Denis. Então, o Brasil real é o Brasil que existe, é o Brasil que está aí, plural. Como disse o ministro Marco Mello do STF, esta ‘é uma marcha viva, não é uma marcha fúnebre.’ Não nos esqueçamos que, para os proibicionistas, todos estes jovens brasileiros são ‘criminosos’, ‘foras-da-lei’, e deveriam estar presos em campos de concentração, que os funcionários públicos gostam de chamar de ‘penitenciárias’… ou mortos, como lamentavelmente gostariam muitos proibiciopatas intratavelmente incuráveis. Este é o Brasil. Nem mais, nem menos. A única solução repousa sobre as mãos e as cabeças das gerações futuras, mas passa necessariamente, como querem FHC e Paulo Teixeira imediatamente, pela regulamentação brasileira da atividade canábica religiosa, medicinal, recreativa, industrial etc.

  32. reynaldo disse:

    A reação do Marcelo ao meu comentário é típica, temos que tomar um lado, se fui irônico a respeito da chapação daquele que vê ETs em plena luz do dia é porque na certa desconheço os males da proibição: violência, corrupção, etc. Já falei em outros comentários, o maior dos males é o maniqueísmo, a necessidade de estar sempre inteiramente de um lado. A maconha pode servir de alívio para quem tem câncer e não consegue comer, pode relaxar dois amantes para um sexo gostosinho, abrir a percepção do pintor e do fotógrafo, etc. Sobretudo na primeira dose ou para aqueles que conseguem fumar um fino ou dois, nos fins de semana. Mais do que isso é manutenção precária, o cara vai chapar para ficar careta, vai precisar de fumar para fazer o dever de casa, ir ao cinema, ouvir música ou assistir “Malhação”. Depois vai atacar a geladeira, comer um monte de doce para enrolar mais um e ficar com fome. Sem falar que pode roubar o carro do pai e entrar na contramão de uma rua porque não viu a placa no alto do poste, vindo a causar algum prejuízo ou mesmo uma catástrofe. Não sei porque não se pode alegar que uma coisa pode ser ao mesmo tempo ruim e boa para as pessoas, conforme o uso que se faça dela. Vale para tudo, dinheiro, sexo, Jesus Cristo, tudo.

  33. Claudio disse:

    Reynaldo, usuários irresponsáveis existem independente de legalizações ou proibições, e vão existir sempre. Existem milhares de usuários de álcool que não se controlam, roubam o carro do pai.. entram na contra mão e matam pessoas.. no entanto o álcool não é proibido e criminalizado por conta dessas pessoas. Não podemos criminalizar e proibir o açúcar pq existem os diabéticos e os obesos que abusam do consumo. O que se pode fazer é, no máximo, alertar.
    Eu não posso impedir vc de comprar uma moto alegando que meu vizinho atropelou 5 e se arrebentou todo, o que posso fazer e te pedir pra tomar cuidado, pra aprender a pilotar com segurança e responsabilidade.. nada mais.

  34. denis rb disse:

    Exato, Claudio
    Você pode fazer isso e uma coisa mais: atribuir responsabilidade às pessoas.
    Essa nossa mania paternalista de colocar a culpa nas substâncias serve para inocentar as pessoas. Não é o sujeito que bebeu, bateu na mulher, saiu de carro e matou cinco. É o álcool, que é mal. É a maconha, essa erva demoníaca. É o carro o culpado.
    Sonho em viver num mundo onde o mala do estado não fica querendo decidir as coisas por mim. E onde cada indivíduo assume plena responsabilidade pelas consequências de suas escolhas.

  35. Marcelo disse:

    Reynaldo, eu só falei a verdade. Não é uma questão de “tomar partido” simplesmente. Já a sua reação sim, é bem típica. Falar a verdade incomoda os acomodados.

  36. reynaldo disse:

    Claudio, eu já cansei de repetir que entendo os argumentos dos que pregam a liberação e tendo a estar com eles: a proibição parece causar mais vítimas do que a liberação. Agora, Denis, não se pode negar que a liberação também vai causar vítimas. Claro as drogas não produzem nada no espírito das pessoas, eu por exemplo jamais vou agredir uma pessoa sob o efeito do álcool, já usei inúmeras vezes e nunca me provocou vontade de esmurrar alguém. Mas elas podem agravar a situação psíquica em que estão outras pessoas: adolescentes sem limites, alienados de todo matiz que acham que o mal só ocorre com o outro, irados em potencial, que estão só esperando uma fagulha e seriam menos impulsivos se estivessem um pouco mais sóbrios. Comentei de outra vez: se uma criança morre porque um chapado entrou na contramão, vale a pena banir toda a droga do planeta? Sim, porque o prazer de milhões não vale a morte de uma única pessoa. Esse ideal é possível? Não. Então o que há a se fazer? Proibir? Parece que não está dando certo. Liberar com regras? O Denis está dando exemplos, em sua pesquisa, de que parece o caminho mais certo em países como a Holanda e Portugal. Será também no Brasil do baixo capitalismo de alta sanha consumista e baixa escolaridade? Talvez sim, talvez não.

  37. denis rb disse:

    reynaldo,
    Primeiro: eu não prego a “liberação” das drogas. Prego uma regulamentação que tenha como meta reduzir o dano causado pelas drogas. Eu acho que “liberação” é o que temos hoje. O mercado é totalmente desregulamentado, na mão de capitalistas selvagens gananciosos violentos e fora do alcance de qualquer fiscalização.
    Segundo: a se considerar as evidências, o atual sistema proibicionista simplesmente não impede que as pessoas se droguem. A julgar pela comparação com países que adotaram sistemas menos repressivos, tudo indica que uma regulamentação cuidadosa não vai resultar em aumento no uso de drogas. E que vai resultar sim em redução no número de usuários problemáticos de drogas (foi o que aconteceu em países como Holanda e Portugal, que adotaram caminhos muito diferentes, mas que têm em comum o fato de usarem o cérebro, em vez do bíceps, para lidar com o problema). Um sistema que dê responsabilidade às pessoas tende a gerar usuários mais responsáveis e mais cuidadosos.
    Enfim, estou bastante convencido de que a resposta para sua pergunta é “não”. Não acho que um sistema mais inteligente e regulamentado vai produzir vítimas (a não ser que se conte como vítimas os policiais corruptos, os traficantes de drogas, a indústria de cerveja…). Isso obviamente não significa que, de uma hora para outra, deixará de haver motoristas bêbados ou “chapados”. (É bom ressalvar que jamais se comprovou que a maconha reduza a segurança no trânsito e que há pesquisas – inconclusivas – que dizem o contrário: que usuários de maconha ficam mais cuidadosos e portanto reduzem, em vez de aumentar, o risco de acidentes).

  38. Igor disse:

    Cadê o post posterior a esse? Sobre raiva incontida?

  39. Boris disse:

    Pois é, onde foi para o post “Ódio” ?

  40. reynaldo disse:

    Denis, acho que já ficou claro por tantos comentários que postei que estou tendendo a aceitar os seus argumentos em relação à regulamentação do uso da maconha, você viajou, conversou com as pessoas, fez seu trabalho de jornalista (que está longe de ser o de ficar assentado em gabinete emitindo opiniões a respeito de tudo e mais alguma coisa). Portanto, confio em seu trabalho de campo e nos esclarecimentos que você nos tem fornecido a respeito do tema, sempre muito ponderados. Tudo o que eu tenho tentado fazer é ir além com essa ponderação. Conheço muita gente que fuma maconha e, como a bebida e outras drogas, uma maioria fuma aquele “finório” vez ou outra para se divertir, que funciona muitas vezes como um empurrãozinho para, até, produzir arte e conhecimento, entre outras coisas. Mas há sempre aqueles, em relação a qualquer droga, que não só usa como abusa, em geral para arranjar alguma encrenca. Primeiro, não existe a droga em si, mas o modo como ela é usada, que difere enormemente de pessoa para pessoa, em relação a uma mesma droga, desde os mais inofensivos e criativos até os mais aloprados e destruidores. A semente vai crescer conforme o solo, óbvio ululante. E existem também sistemas sócio-econômicos e educacionais em que essas pessoas estão inseridas e que influem por demais no modo como elas estão vivendo suas vidas, você há de concordar comigo, amigão. O Brasil, claro, é diverso da Holanda e Portugal. No Brasil há muita gente mal formada, na família, na escola, diante da TV (você subiu o Amazonas tendo que passar dias e dias ouvindo o baixo forró em volume alto, você sabe como o bicho é). O solo aqui é propício para a tal regulamentação? Talvez sim, talvez não. Coloco apenas a questão. Você vai dizer que o modo repressor gera mais vítimas. Talvez. E, só para constar, já vi pessoas ficarem, de fato, mais cuidadosas ao dirigir após fumar maconha, mas vi outras tantas ficarem mais excitadas e tão impetuosas como as que bebem álcool ou usam cocaína. Não é a droga que causa os erros ou os acidentes, mas o usuário que, com o uso, e sobretudo o abuso, pode ter agravados seus problemas de percepção-cognição-juízo-afeição-respeito, por si sós já bastante agravados numa educação precária, muitas vezes às voltas com todo tipo de violência. Peço para você e outros comentaristas pararem de usar a tática simplista de me associar aos “proibicionistas”. Sou mais complexo, o buraco é mais embaixo.

  41. denis rb disse:

    reynaldo,
    Não pretendi em momento algum classificar você de “proibicionista”.
    Quanto à sua pergunta, sobre se aqui é solo propício para regulamentação, é algo que ouço com frequência. Eu acho que por trás dessa pergunta se esconde uma crença muito difundida de que qualquer abertura na lei geraria o caos. Na realidade, acredito firmemente que é o oposto – que o caos é consequência da proibicão, e que um modelo de regulação seria muito mais fácil de gerenciar. É muito mais complexo para o estado tentar proibir um comportamento privado. A proibição exige recursos quase infinitos, e não dá resultado nenhum: ou seja, é um desperdício de dinheiro. Países como o Brasil não têm dinheiro sobrando. Além disso, ela gera desmoralização das instituições e infinitas tentações de corrupção. A proibição não dá certo em nenhum lugar do mundo, mas ela causa muito menos danos em países onde há uma imensa noção de cidadania e um imenso respeito pela lei e pelo estado, o que não é o nosso caso.
    Veja o que ela faz em diferentes países. Nos Estados Unidos, que tem instituições fortes, a guerra contra as drogas é sangrenta e injusta, gera corrupção e mortes, multiplica a população carcerária e aumenta a desigualdade racial, mas não desestabiliza o país. Já em lugares como a Colômbia, o México, o Afeganistão, a proibição gera o caos, a guerra civil. Na Colômbia mais da metade do supremo tribunal foi chacinada num atentado por um grupo de narcoterroristas com maior poderio militar que o próprio estado. No México o irmão de um presidente da república foi apanhado na folha de pagamento de um cartel, e tudo indica que o próprio presidente estava envolvido. Em países menos desenvolvidos, o poderio do narcotráfico acaba superando a força do próprio estado e a corrupção do dinheiro das drogas chega aos níveis mais altos.
    Enfim: são justamente países como o Brasil, com democracia imatura, instituições frágeis e educação imperfeita, que mais precisam se livrar da praga da proibição. E são justamente esses países que pagam o preço mais alto por ela.

  42. denis rb disse:

    Boris, Igor e todos os leitores,
    Deixa eu esclarecer sobre o post deletado:
    Acordei ontem imensamente insatisfeito com o que havia publicado um dia antes. Escrevi sob o efeito do jet leg, irritado, cansado e apressado, e me dei conta de que usei o post mais para extravasar minha irritação do que para discutir temas de uma maneira que interesse a todos. Pior: ele deixou a sensação de que eu estava usando este valioso espaço para tratar de assuntos de meu interesse particular. Não é para isso que esta coluna serve. Peço desculpas.

  43. Marcelo disse:

    Verdade, este é um dos argumentos que mais ouço: “em países desenvolvidos a legalização funciona, no Brasil não, somos atrasados demais, o povo não tem educação…”
    Valeu Denis, não há como refutar o que vc disse no post das 10:48. Até copiei para usar a idéia central em outras ocasiões.
    e agora que vc está de volta, se for possível manda para mim aquele livro sobre maconha, vou mandar o meu endereço por e-mail.
    abs

  44. Osíris disse:

    Grande Denis. Poderiam os reinsistentes proibiciopatas também ter a grandeza d’alma e a serenidade d’espírito para desculparem-se diante de um erro infinitamente maior, em face de uma montanha com 5 MILHÕES de cadáveres mutilados, que os neológicos proibiciopatas e os juristas da neoditadura conseguiram produzir nos últimos 100 anos na terra brasílis, a qual negam enxergar, teimam em reconhecer e surtam ao comentar. A neologicidade proibisquizóide vigente nos média nacionais delira ao afirmar que o Brasil não é a Holanda, não é Portugal. Como é falsa a neológica proibicionista, esqueceram-se de que a recíproca é igualmente verdadeira, isto é, esqueceram-se de que é sumariamente verdade que a Holanda também não é o Brasil, e que Portugal também não é Brasil. E a criminosa diferença está no genocídio. Nos últimos 100 anos, o estado brasileiro foi barbaramente holocausta contra usuários de drogas – e não somente. Não se tem conhecimento de uma única morte de usuários de drogas cometida pela polícia na Holanda ou em Portugal nos últimos 10 anos, nem tampouco de corrupção estatal que tenha levado à prisão viciados falsamente acusados de tráfico, como ocorre no Brasil, segundo FHC – no filme ‘Quebrando o Tabu’. A mudança no novo Código de Processo Penal veio para esvaziar os campos de concentração e extermínio tupiniquins (falsamente nominados de ‘cadeias’ e ‘penitenciárias’ no Brasil), e FHC disse ao Estadão domingo que ‘é preciso achar pontos de convergência na sociedade, que, do contrário, poderá descambar para o imprevisível.’ Recado claríssimo aos proibicio-patas-nistas-zóides-etc, que já tiveram 100 anos para testar fracassadamente a sua sangrenta nazipolítica. É preciso ceder à novas tentativas, pois ‘todos somos brasileiros’, disse FHC, e todos queremos o melhor para o país. Mas não dão sequer o menor sinal de parecer o que querem, os arrogantes e beligerantes proibicionistas.
    http://tv.estadao.com.br/videos,O-ARCABOUCO-DA-DEMOCRACIA-ESTA-MONTADO-A-ALMA-NAO-PARTE-1,141908,260,0.htm

  45. Claudio disse:

    Gente.. sará que já não está claro o suficiente os resultados da proibição? Se ela desse resultados positivos, os outros países, mais desenvolvidos, com níveis de educação mais elevados, não estariam mudando suas leis e a proibição funcionaria perfeitamente.. Será que proibição só funciona em países subdesenvolvidos? Um povo mais bem educado respeita a legalização, mas um povo mal educado respeita a proibição?.. É isso?

  46. Felipe disse:

    Denis, saca só essa notícia no Estado. Pra calar a boca dos que falam que não há aquecimento global e outras sandices:

    Consumo de carvão na China ‘suspendeu’ aquecimento global, diz estudo
    Neblina de carvão estagnou temperaturas entre 98 e 2008 e ‘mascarou’ efeito estufa.

  47. w. disse:

    Alô, Denis. Veja o que são as ‘clínicas psiquiátricas’ no Brasil. 2 donos destas ‘clínicas’ foram indiciados por homicídio, por espancamento, negligência etc. É barbárie pura! Socorro STF, socorro! A regulamentação da canábis via STF é urgente!
    http://www.jornaldelondrina.com.br/online/conteudo.phtml?tl=1&id=1022009&tit=Denuncias-e-mortes-levam-MP-a-investigar-clinicas-psiquiatricas-de-Londrina
    http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1144333&tit=Proprietarios-de-clinicas-psiquiatricas-de-Londrina-sao-denunciados-por-homicidio

  48. Acir disse:

    Estas utopias…. Cada um com a sua, não é mesmo? Depois dos comunistas e modernistas, agora temos os “recreativistas”. Todavia, como em todas as utopias, também estes vão quebrar a cara.

  49. Marcelo disse:

    Ah tá, Acir, então a diversão agora é uma utopia também? Ninguém no mundo usa drogas recreativas né? Vem tentar me proibir de me divertir aqui com o meu beck. Você é que vai quebrar a cara.

  50. reynaldo disse:

    Acir, cada um, uns poucos, com suas utopias, e muitos, inclusive você, sem utopias. Parabéns. Voces, a maioria, levam sobre nós, os infantilóides, os estupidutópicos, uma vantagem imensa, amigão, parabéns por esses pés nos chão que pisam sempre o solo cimentado, próspero e justo do status quo capitalista!! Parabéns, campeão!!
    E Denis, obrigado por não me colocar tão facilmente do lado dos “proibicionistas” e responder a meu questionamento sobre se a proibição só funcionaria em Portugal e Holanda. Agora, peço que dê uma boa espiada em como outras pessoas comentam minha postura. Osiris: “a neologicidade proibisquizóide vigente nos média nacionais delira ao afirmar que o Brasil não é a Holanda”. Já de começo eu estou “delirando”. E parece que eu sou muito mais do que um mero “proibicionista” mas sou um “proibicio-patas-nistas-zóides-etc”. O Claudio pergunta: “o povo mais bem educado respeita a legalização, mas um povo mal educado respeita a proibição? É isso?” Pronto, então, véiuu, o que eu queria dizer é que só gente chic e educada tem direito a fumar seu baseadinho sem fazer cagada? É isso? Viu no que virou minha “opinião”, entre aspas porque, até onde me lembro, o que estava colocando era uma “questão”, aliás, muito bem respondida por Denis Russo? Não é a droga que faz mal, é a droga numa mente apressada, pouco concentrada, tendenciosa, que distorce e coloca no rol de adversário toda opinião aparentemente divergente da posição dominante nessa discussão: “a proibição não funciona”. Também acho que neguinho fica meio p. quando eu falo que nem tudo são flores no planeta hemp, que a canabis pode tanto gerar luz como retardamento, irresponsabilidade e tragédia, como, aliás, parece ser o caso de qualquer droga no contexto em que vivemos (sim, há outros, contextos, do passado e outros possíveis no futuro).

  51. denis rb disse:

    Acir,
    Não vai ter jeito de você distorcer os fatos a ponto de convencer alguém de que o fim da proibição é que é um projeto utópico. Obviamente a proibição é que nasceu de um pequeno grupo de ideólogos, com o projeto de mudar um comportamento humano que sempre existiu desde o início da história da civilização. Claramente é ela a utopia: experimentada nos anos 1920 com a proibição do álcool e depois aplicada pelo mesmo grupo de pessoas nos EUA às drogas derivadas da papoula, da coca e da cannabis, e expandida dos EUA para o resto do mundo através de pressão diplomática e militar. Dizer que terminar esse experimento utópico é que é a utopia é tão distorcido quanto chamar de utopia a queda do Muro de Berlim.

  52. Marcelo disse:

    Peraí Reynaldo, o sem noção abaixo que fica inventando palavras não citou o seu nome, vc se sentiu ofendido pq quis, já que vc mesmo já deixou claro que não é proibicionista. Vc está julgando todos pelo comportamento de alguns.

  53. Nabucodonosor XXI disse:

    Alô, Denis, olha’í outra pérola proibicionista: Veja como tem sido o maior negócio do mundo, da china, o maior comércio do atual império pós-babilônico dos neonabucodonosores proibicionistas:
    1) http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1144777&tit=Policia-investiga-sumico-de-mais-de-200-quilos-de-maconha-de-delegacia
    2) http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1097070&tit=Droga-apreendida-some-de-deposito-da-Policia-Civil
    Nos 100 anos de proibicionismo tupiniquim, isto daí foi um nada, menor do que a divisão de um grão de areia pelo deserto do Saara, as chagas cancerosas da mortífera babilônia proibicionista, corrompidamente lucrativa, gananciosa, intolerante, impatriota.

  54. Hefesto disse:

    Alô, Denis, outra Casa do Inferno no Brasil, digna de inspeção do grupo Tortura Nunca Mais:
    http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI3908419-EI5030,00-MP+e+PM+fecham+clinica+que+torturaria+internos+em+MG.html
    O Denis poderia prestar mais um serviço ao jornalismo, e provar o que é escancaradamente óbvio, menos nas cabeças proibicionistas, que, ainda que fosse verdadeiro o fato de o ‘SUS não estar preparado para aumentar a oferta de atendimento correspondente a um hipotético aumento de demanda, supostamente produzido pela regulamentação canábica, também é igualmente verdadeiro que os falidos sistemas juridicional e prisional/carcerário brasileiros têm condição menor ainda para suportar novos processos e/ou detenções de viciados irrecuperáveis. O caminho é a regulamentação, tratamento à base de ibogaína e metadona para os alcoólatras, tabagistas, e viciados geralmente irrecuperáveis, e educação maciça cientificamente realista para as novas gerações, que ensine-as sobre os benefícios do uso de todas as drogas, plantas, remédios etc., e, principalmente, alerte-nas para os malefícios reais do mau uso de todas as substâncias, medicamentos e/ou plantas, quando utilizadas excessivamente. Não dá mais pra mentir pras atuais gerações dizendo que ‘uso é igual a mau uso’, pois o preço é impagável, e todos sofrerão futuramente. E isto é 100% irresponsabilidade proibicionista.

  55. reynaldo disse:

    Ah, não era para mim, não, Marcelo, então me desculpa, viu, queridão? E Denis, bela resposta ao Acir! Exatamente, a probição é uma utopia, pois nunca conseguiu realizar o que pretendia, acabar com as drogas recreativas, acabar com essa parte da fantasia da vida que depende do impulso dado pelo uso de certas drogas. Afinal, alguém aí já foi aquele adolescente inexperiente e recatado que precisou de alguns tragos de martini para tomar coragem de chegar na gatinha, numa festa? Se não fosse essa falsa coragem, essa virtude da química, o que seria dessa utopia da conquista amorosa do pobre rapaz? Sem a droga, que realidade lhe restaria senão a de ter sido subjugado pela própria timidez? A regulamentação, por outro lado, creio que é o que Denis quer dizer, deveria ser mais é pragmática, aceitando que as drogas serão usadas, de um modo ou de outro, e trabalhando para acolher os viciados, os que adoecem com o abuso, e trabalhando para não estigmatizar o usuário que está se divertindo como qualquer pai de família sentado à beira da piscina, tomando sua cervejinha e saboreando seu churrasco enquanto as crianças se divertem, alheias ao que está acontecendo em volta. Depois, se esse pai de família pegar no volante voltando para casa e faz uma cagada porque arriscou-se a cometer erros, eis o código penal, delito culposo, de quem não teve a intenção de cometer uma infração mas é responsável por ter-se colocado em situação capaz de causar dano material ou físico às pessoas. No mais é invasão da esfera pessoal do cidadão, recurso das ditaduras.

  56. ricardo disse:

    bem,a questão de se usar a maconha como remédio não é pobrema.mas é um produto que está sendo louvado na mídia e não se pesquisa plantas da amazônia,por exemplo pra se trabalhart com medicamentos.maconha pode tratar cancer,mas nosso pobrema é a dengue.porquê não usar a maconha só pra pesquisar similares sintéticos dos princípios ativos da maconha que não seriam necessário fuma-lo?independente da composição boa do produto,a queima na hora de fumar não tiraria o efeito bom(como acontece com fumos genéticamente modificados pra não terem nicotina?)

  57. denis rb disse:

    Exato, reynaldo
    Delito culposo mas com agravante. Matar alguém no trânsito porque dirigiu bêbado é pior do que matar alguém no trânsito porque se distraiu (porque a decisão de dirigir após beber aumentou o risco do acidente, e portanto a punição deve ser maior). É assim que se deveria tratar as drogas: deixando as pessoas livres para decidirem o que é bom para elas e o que não é, mas cobrando em troca responsabilidade pelos atos.

  58. denis rb disse:

    ricardo,
    Ninguém está proibindo que se pesquise novos medicamentos contra a dengue. Mas há sim no mundo inteiro legislação impedindo a pesquisa sobre um medicamento com potencial para ser útil no tratamento de câncer, doenças auto-imunes, doenças degenerativas do cérebro (como Parkinson, Huntington, Alzheimer), aids, distúrbios alimentares, dor, dependência, esquizofrenia e outros distúrbios psiquiátricos etc etc etc.
    Efetivamente fumar não é o meio mais saudável de consumir uma substância farmacológica. Os médicos costumam sugerir que se consuma maconha em vaporizadores, que são aparelhos que aquecem a erva a uma temperatura que não chega a queimar, mas é suficiente para vaporizar as substâncias farmacologicamente ativas (os canabinóides). Em outras palavras: um vaporizador permite que se consuma maconha sem fumaça. Há modelos à venda por 200 dólares, mas mais uma vez a lei dificulta a aquisição de equipamentos como esse.

  59. Mary disse:

    Estamos relendo este artigo por o outro foi retirado do ar? Que ira!!!

  60. ricardo disse:

    é que pobremas de países abaixo da linha do equador,como o brasil,são ignorados pelo mercado farmacológico e além disso,eu acho que se isolassem o principio ativo da maconha de forma inorganica,não haveria essa polemica em torno do uso medicinal dela.não fazem isso com uma série de medicamentos?porque esse fetiche com a folha que mais parece de mandioca?

  61. ricardo disse:

    bem,vc aconselhou usar a maconha como o aécio usa a cocaína,mas a questão é que essas pesquisas no primeiro mundo,mesmo com a biodiversidade brasileira,não se paga os royalties devidos,além desse tipo de pesquisa ser feito por planos de saúde com intenções duvidosas.não que seje contra a saúde de todas as nações do primeiro mundo,mas cuba alcançou um exelente nível de tratamentos (inclusive de cancer onde chavez se tratou,mas zé de alencar e itamar não)sem legalizar comércio nenhum de droga.pena que esse assunto não se trata com o devido respeito na mídia,ao contrário da suposta “única” (demo)cracia do oriente médio por exemplo…

  62. edgard h.romeu disse:

    nunca na história desse país fãns da super e do restart ficaram tão furiososc com a pegadinha do malandro de denis,o pimentinha em “flulimionar” um artigo escrito num i pad pra sair mad in paraguai.

  63. ricardo disse:

    bem,a questão é tratar a maconha como mais uma opção a ser cogitada,não como a primeira,para uma séries de doenças.

  64. jacinto pinto aquino rego disse:

    a somália era ex-aliado soviético que deu momento “lula” no seu lider,contrariando lideranças regionais antiamericanas e a população,gerando uma guerra civil e uma intervenção americana ao melhor estilo iemen.ela fracassou,ex-partidários dessa liderança traidora viraram piratas e mafiosos e o único movimento de unificação que tem condições de unificar,estabilizar e pacificar o país é a União das Cortes Islâmicas,filiada a al-quaeda e financiada pela crescente vermelha(ong turco-árabe envolvida nos navios humanitários em gaza.taí um tema pra ser pesquisado na wikipédia e os malefícios do americanismo no mundo.(e eu que pesava que o pior era o iraque)

  65. edgard h.romeu disse:

    o bobagento fala isso na veja,mas não é que ele e o reinaldo tem razão?

  66. anouk disse:

    bem,interessante seu olhar.será que a maconha (ou uma outra droga mais pesada)serviria pra derrubar ditaduras facínoras da líbia e síria,e assim libertar a sua população fisicaqmente e mentalmemte ?

  67. Marcelo disse:

    “porque esse fetiche com a folha que mais parece de mandioca?”
    E Por que o fetiche em proibir uma planta, Ricardo? Por que proibir tudo, até a pesquisa sobre o potencial medicinal de uma planta? Pra que esta obcessão? Não percebem que esta forma de lidar com a questão não diminui o consumo e só enriquece criminosos e corruptos? Pra que viver numa guerra civil sem fim? Não seria mais simples (e mais barato para todos) deixar os maconheiros fumarem sua planta em paz?

  68. denis rb disse:

    ricardo,
    O principal princípio ativo da maconha, o THC, já foi sintetizado e está disponível num remédio chamado Marinol. Acontece que pouquíssimos pacientes gostam do remédio. Ele causa prostração, tem um efeito muito forte, traz paranoia e tira a pessoa do ar. É que a maconha na realidade tem mais de uma centena de susbstâncias farmacologicamente ativas, muitas delas com efeitos desconhecidos da ciência. Hoje já se sabe que uma delas, o CBD, não tem praticamente nenhum efeito psicoativo, mas é muito poderosa farmacologicamente. A planta maconha é mais segura do que seus equivalentes sintéticos. Além disso, é muito mais barata: qualquer um pode plantá-la em casa.
    Seu comentário é interessante, porque denuncia a mentalidade que levou à proibição da maconha. Por que é que uma planta que cresce selvagem no quintal é o demônio, mas, se uma indústria farmacêutica reproduzir seu princípio ativo em laboratório e cobrar uma fortuna por uma caixinha contendo comprimidos, não tem problema nenhum?

  69. ricardo disse:

    se a questão fosse proibir,muitas descobertas não foram aprovadas porque seus efeitos colaterais eram pior que seus benefícios ou não se tem garantias sobre seu uso.ciencia se faz assim,até no imetro é assim.maconha desmata mas não mata a fome e intensificaria as guerras no campo.corrupção não é questão de droga e tem corruptos até no partido de fhc.o pobrema do brasil é que não há uma revolução cultural de modelo chinês.preconceito tem em todo lugar,mas cabalizar uma droga que ninguem conhece e cientistas usarem esses conhecimentos a margem do controle da população já é demais.liberado ou não,capitalismo mata.só ver o que fizeram com a doroty stang.quem sou eu pra falar mal do agronegócio,mas matar até americanos já está demais pro mercado financeiro.vcs esquecem do contrabando do cigarro que gera mais propina que imposto e querem achar que esse modelo não se repetirá na maconha.não é proibir uma planta de existir,mas se vcs jogar cianureto no café da sua mão,vc não ficaria chateado? a guerra é conseq

  70. ricardo disse:

    desculpa,deu apagão na rede,mas já voltei…voltando ao assunto,a guerra é consequencia da decadencia(inclusive moral)do capitalismo,e do complexo militar industrial que controla algumas sociedades,como israel.como tentei falar,jogar cianureto da comida da tua mão não é ruim?temo de tratar a maconha como o escargot.todo mundo comia,mas dentro do bicho tinha um verme e logo se considerou praga.existe uma melação entre governo e setor privado que entra no crime organizado.se existe propina nas economias legais e ilegais,legalizar om desvio de dinheiro e a violencia contra o proleteriado,não com fuzis de traficantes,mas com fuzis do bope que virando a casaca protege o patrimonio de ex-bendidos que seriam perdoados pela legislação em nome do “progresso” não seria um contracenso?basta ver o que aconteceu com a china imperial durante a guerra do ópio.ultra-capitalismo dá nisso.

  71. ricardo disse:

    assim,como jogar ácido na mão da tua mãe é um absurdo,nós que temos internet com essa qualidade de vida que temos,não sabemos as condições de exploração de trabalhadores do tráfico onde nunca fomos.vão me chamar de conservador,mas só não sou anarco capitalista.porque essa crise não seria causada pelo narcotráfico que lava dinheiro com laranjas,políticos e e o resto envolvidos nisso?só não podemos fazer que nem o lesado governo grego do pasok(a) que disssolveu as esperanças de um povo premiando banqueiros incompetentes e sacrificando o povo.se a holanda é européia e está nesta crise,não sei do que espera dos holandeses…a mídia sataniza marchas do mst,mas permitem a da maconha e dos veados…depois reclamam porque não tô nem aí pra copa do mundo no brasil…

  72. ricardo disse:

    a questão é que nem o caso do chá do santo daime.reiligião e drogas se encontram em admirar a loucara de se acreditar em coisas que propositalmente não existem pra falarem que são melhores que os outros.não sou xiita,muito pelo contrário,mas admiro a inteligencia árabe que por enquanto,pra sua sociedade está dando certo(esta aversão a carne de porco árabe derrubou mubarack no egito porque a i.muçumana pressionou o governo pra matar os porcos durante a gripe suína,elevando a moral do movimento anti-europeu lá e de quebra livrou seu povo da indolencia do shabat da cabala e do colesterol ocidental.)não se sabe até quando,mas a democracia árabe era inevitsavel,não pela religião,mas pelo moralismo que evitava o fanatismo da irracional religião tolerante que pega todos os fanatismos das suas religiões pra si sem o componente culturalde pensar que tradição deve ou não ser respeitada.proibir a maconha é como se estivesse embargando alguem que precvisa do dinheiro pra matar e tomar o bens de outras pessoas.

  73. ricardo disse:

    a moral não pode ser do contra a religião,nem totaslmente a favor,nem acima da razão,e nem ser dúbia a ponto de se tolerar o erro.a razão é a fórmula da moral.

  74. papopatológico disse:

    francamente, o papo dos ets tava muito mais maneiro e principalmente saudável. pode-se perceber claramente nos versos traços de incurável patologia periniana.

  75. ricardo disse:

    bem,talvez tenha de sair de ouro preto pra ir em paris pra descobrir alguem com essas doenças que maconha trata…não sejamos idiotas,desde o século 19 o papa fazia propaganda de vinho francês com cocaína pra santa ceia e agora esses legalizadores querem se passsar por mordeninhos e seculares…aí já é demais…se o chavez não morreu,ele não precisa de maconha pra se tratar…só falta vcs quererem que o brasil legalize a droga pra dar uma mão pro israel da américa latina(locômbia) matar seu proletariado sem passar a vergonha de legalizar em seu país não poder tachar as farc de traficantes (porque não querem investigar as raizes da corrupção,só querem arrumar álibes de propaganda antibolivariana pra ninguem prender esses políticos e darem tempo de legalizarem a drogas sem revoltas e a mídia esquecer desse mito de pobre traficante e assumir o que faz a tempos.)pobre não tem condições de produzir droga,o resto é conversa de chapado.

  76. ricardo disse:

    bem,vc que enfia a erva de 4,obviamente dá pra ver os ets sim.

  77. ricardo disse:

    bem,se a pra acusar os pobre de narcotráfico a carapuça serve…

  78. Marcelo disse:

    Ricardo vc andou bebendo?
    Não fala coisa com coisa. Nunca vi tanta digressão sem a menor relação com o assunto que se discute (e olhe que sou maconheiro há mais de dez anos e já bati papo em muita roda de chapados).

  79. Marcelo disse:

    Vc, pelo jeito, não sabe absolutamente nada sobre maconha e, como todo proibicionista, acha que sabe mais do que milhares de cientistas que fazem pesquisas sérias há décadas (os quais já descobriram nela diversas propriedades medicinais e baixíssimo risco para quem faz uso recreativo) e ainda por cima, em nome de um moralismo hipócrita, se acha no direito de mandar na vida dos outros.

  80. Marcelo disse:

    Ninguém merece…

  81. ricardo disse:

    só sou contra o capital querer sair da crise tendo a liberdade de vender drogar…essa liberdade gerou a crise…

  82. ricardo disse:

    em nome desse moralismo,então legalizemos o estrupo!se for com camisinha tá tudo bem!o que importa é o fim do moralismo hipócrita de quem é contra esse caos social e do capitalismo da pior espécie!quem estrupasse sua mãe deveria levar um abraço!e um salve pro judeu rafinha bastos que é vítima da “não-hipócrita” mídia marrom e azul-gremista de todas as cores!morarismo é parar de plantar comida pra plantar maconha e algodão com mão de obra escrava!e vcs não são tolos!e não existe o contrabando de cigarro!se existisse o contrabando,pra vcs não haveria corrupção nem violencia!pois a liberdade de mercado,a liberdade de consumir e a liberdade de jogar os pobres na sargeta é a coisa mais linda do mundo! e a maconha tem que ser a prioridade acima da educação , emprego e alimentação!por isso que o brasil não anda!o brasileiro acha que o futuro da nação tem que viver só da vanguarda da maconha!na época colonial era o açucar!se vcs parassem de visitar a europa e fossem na colombia,veriam o que erstou falando!vcs só olham pro própio umbigo!

  83. Marcelo disse:

    Dá até um desânimo…
    Ricardo,
    1)Estupro (e não “estrupo”), é crime e sempre vai ser porque viola direitos de terceiros. Fumar maconha não viola direitos de ninguém, não há vítimas, entende?
    2)Como cigarros são legalizados o seu uso e comércio não está associado a violência, nem o comércio de cigarros contrabandeados gera violência.
    3)Não há necessidade de deixar de plantar alimentos nem de mão de obra escrava para plantar maconha. Ela nasce em qualquer vaso que alguém puser em seu quintal.
    4)A proibição só é aplicada contra pobres. Vá a qualquer cadeia e veja por si mesmo: só há pobres lá. É a proibição que destrói a vida de milhões de pobres e os joga na sarjeta (com “j” e não com “g”).
    5) Ninguém aqui defende “a maconha como prioridade acima da educação”. Na verdade o fim da proibição da maconha e sua regulamentação e taxação poderiam encher os cofres públicos de dinheiro para ser investido em educação e saúde em vez de desperdiçar dinheiro (muito dinheiro) numa guerra inútil que só serve para enriquecer criminosos e corruptos.
    Vá se informar antes de manifestar preconceitos tolos por aí. Assim você só passa vergonha.

  84. ricardo disse:

    bem,se fala que não tem vítimas no morro da rocinha , ok!e o contrabando de tabaco vem associado ao varejo do tráfico,tanto é que o cigarro é moeda de troca em presídio.drogas sintéticas e heroína pra quem gosta e consome muito,é cro e pobre não fabrica,nem vende,nem ganha com isso e muitas das vezes nem consome.só os ricos.bem,eu comparo a maconha a monocultura de cana e o uso comercial inevitavel exige isso,veja pobremas de trabalho escravo rural no centro oeste.o pobre sofre com a violencia.estes cofres públicos cheios de dinheiro de maconha podem ser desviados como qualquer grande quantidade de dinheiro mal aplicada.o estupro não mata ninguem nem engravida,ou passa doença venérea se com devidos cuidados.a droga termina estimulando o comércio de armas cedo,ou tarde.se os pobres sofrem com o narcotráfico,porque as farc não assumem o envolvimento com o tráfico e uribe teve o nome listado como o décimo traficante das américas?

  85. ricardo disse:

    associar pobre ao narcotráfico é preconceito típico dessa elite branca que como vcs,usam a veja como hd mental…

  86. Marcelo disse:

    Ricardo, vc prefcisa se informar.
    1)No morro da rocinha (e em qualquer favela) a polícia produz muito mais vítimas do que o tráfico.
    2)Maconha é uma planta, drogas sintéticas caras são outra história.
    3)Maconha pode ser plantada em casa, e é por este direito que os maconheiros estão lutand hoje. Se vc vê tantos problemas com a questão agrária no Brasil devia plantar seus próprios alimentos para não financiar o latifúndio em vez de querer mandar na vida de quem fuma maconha.
    4)Então, em vez correr o risco de o dinheiro da taxação da maconha ser desviado dos cofres públicos você prefere este dinheiro (bilhões e bilhões) nas mãos de criminosos que põem metralhadoras nas mão de crianças?
    5)Estupro é uma violencia. Não importa se não mata ou não engravida se tomados cuidados. Cada pessoa deve ter total autoridade sobre o seu próprio corpo seja para decidir com quem faz sexo ou para fumar maconha.
    6)Eu não associei a pobreza ao narcotráfico. Apenas disse que a proibição só é efetiva contra pobres. Por isso as cadeias estão cheias de gente pobre e os corruptos e criminosos ricos ficam impunes.
    7)A maconha só estimula o comércio de armas em países que a proíbem. Na holanda, por exemplo, não existe violência associada ao comércio de maconha.
    Ricardo, se você refletir um pouquinho só, verá que está apoiando a perpetuação de uma guerra civil que já matou milhões e só enriquece assassinos e corruptos.

  87. ricardo disse:

    duvido que vc plantaria a maconha no condomínio.o setor agroexportador planta produtos agrícolas não alimentares por acharem não seje lucrativo plantar comida.plantam fumo,cana pra combustível “verde”,plantam algodão e futuramente maconha.a violencia só sai do varejo da droga pro atacado.países ricos importarão droga do terceiro mundo sustentando a violência em áreas sensíveis naturalmente.imagine um terreno quilombola ou reserva indígena invadido por pistoleiros de fazendeiros de maconha ? a maconha é mais dinheiro em armas de qualquer maneira,só muda de lugar.não acho que só por causa do suposto lucro do dinheiro que não vira imposto e das armas de traficante que podemos abandonar a luta contra as máfias pra apostar a estabilidade nacional em vários traficantes se digradiando em território nacional entre o traficante do governo e os traficantes da oposição que não contam com subsídio estatal.estaríamos oficializando e seu anarco capitalismo.estaríamos no pior dos mundos a la somália…

  88. Marcelo disse:

    Muita gnte já planta maconha em casa, Ricardo. Conheço muitos growers e eu também plantaria sim.
    Cara, em qualquer lugar do mundo o mercado de drogas legalizadas não gera violencia. Vc já viu o dono da 51 disputando território à bala com o dono da Pitú? Ou a Souza Cruz invadindo terras de terceiros para plantar Tabaco?
    Isso que vc descreve estã acontecendo atualmente graças à proibição.
    Acorda!

  89. ricardo disse:

    bem,não falo de guerras desse tipo,mas uma guerra de empresas da maconha apoiadas pelo governo contra a população.existe lobbys e traficantes não vão aceitar pagar imposto como se tivesse pagado alguma vez na vida…

  90. angelo disse:

    Acho que comprei um ‘careta’ contrabandeado, falsificado. Achei a cor da embalagem e o gosto meio suspeitos.

    Ah, ia esquecendo: na banca de jornal não havia soldados do contrabando armados com fuzis.

    Em se legalizando o plantio, o maconheiro que procurar tráfico, esse sim, esse é um maconheiro que precisa de ajuda…

    Tráfico argentino sendo liquidado sem nenhum tiro disparado. Em poucos meses faz-se o que não fizeram em décadas. Duvida?! Re-Legaliza. Afinal, não são necessários muitos argumentos. Basta dizer que a proibição se deu com mentiras e preconceitos. Só isso já é suficiente pra USA e ONU pedirem perdão à humanidade pela guerra e desinformação com lavagem cerebral geradas.

  91. Marcelo disse:

    Eu pagarei imposto com muito gosto quando legalizarmos a maconha Ricardo. E, mesmo se ninguém pagasse, só o fim desta guerra civil genocída já é argumento mais que suficiente contra a proibição.

  92. ricardo disse:

    eu esto falando que se os traficantes já contam com a posse de armas,eles não vão ter o objetivo de se fazer um produto de qualidade,se podem tomar pontos de venda.isso está na cultura do tráfico.comparar o vinho com a maconha legalizada é impossivel,já que as drogas legalizadas desde sempre enquanto derem lucro,não há tiros.e quando os vinhos italianos não derem lucro?os vinhos gregos já estão falidos…

  93. psic disse:

    puutz total…

  94. Marcelo disse:

    Ai. Puuutz… (again!!)
    Esta é a cultura da proibição Ricardo.
    Para saber como seria o comércio legalizado de maconha pesquise a Califórnia ou a Holanda.

  95. ricardo disse:

    bem,se a comunidade árabe se incomoda com o tráfico a ponto de pedir ajuda a al-quaeda em atentados em amsterdã, então tem alguma coisa errada aí…

  96. Marcelo disse:

    Al Qaeda? Atentados em amsterdã? Contra a legalização das drogas?
    ricardo, vc podia pelo menos citar as suas fontes. Parece um destes malucos que vê conspirações em tudo.

  97. ricardo disse:

    bem,pode ser uma das razões que levar alguem da holanda a ingressar numa organização terrorista.os principais ocorreram contra as charges de maomé,mas pensar q pessoas que são contra a legalização se sintam diretamente prejudicadas é teoria de conspiração,então dizer que traficantes são vítimas do exército no morro do alemão tambem é conspiração.o que está arraigado na cultura da sociedade,mesmo fazendo mal a derteminados despretigiados,ninguem nota.mas quando há vários preconceitos contra grupos sociais(como associar pobreza ao narcotráfico),esses grupos não reagem por pressão social.mas quando a crítica é incisiva a esses grupos marginalizados,eles usam outros argumentos pra entrar em organizações terroristas e praticar terrorismo,mas na realidade,não são acontecimentos pontuais q os motivam.é o própio sistema q a população em geral finge concordar,mas na realidade discorda de todo o corpo de leis,mesmo sabendo q o estado diz q a maioria esclheu pela maioria e não a minoria q escolheu pela maioria.é o caso do tráfico.ninguem comenta o tráfico violento na holanda,nem esses marginalizados,pois existe um consenso geral difícil de ser rompido q a proibição gerou a violencia.e se ele persistir,atribuem a outras causas mais convenietes e dissimuladas.é a cultura da continuidade pregada no brasil por lula e dilma.ninguem poderia se proteger contra o tráfico pois passario pro politicamente correto “propiedade privada” q o governo teria q passar a defender conforme a constituição e quem da sociedade civil durante a proibição lutou contra o tráfico a vida toda e continuar a lutar,passa a ser criminoso.esse é meu ponto.

  98. Marcelo disse:

    Quem associa a pobreza ao narcotráfico é você. O que cansamos de esclarecer aqui é que, apesar de o uso e o comércio de drogas estar presente em todas as camadas sociais, na hora de punir o estado só cai em cima dos mais pobres. Por isso que na cadeia só tem pobres enquanto, todos sabem, o narcotráfico movimenta bilhões e enriquece uma minoria de corruptos e criminosos violentos.
    Não só os traficantes mas todas as populações que vivem nestas àreas mais pobres são vítimas de violência policial injustificada e covarde. Na verdade a policia e o exército se confundem com os traficantes. Não é novidade para ninguém que a maior parte do volume de drogas que circula por aí é controlado pelas mesmas corporações repressoras que deveriam estar combatendo-o. Você está pagando para traficantes combaterem as drogas, inteligente isso não?
    Ninguém comenta sobre o tráfico violento na Holanda porque ele é mínimo, quase inexistente.
    “Se proteger” do tráfico matando inocentes e perseguindo pessoas perfeitamente normais que fazem uso de uma droga mais leve do que o álcool não traz mais segurança a ninguém. Pelo contrário, apenas cria toda a violência que finge combater.

  99. ricardo disse:

    o ponto meu não é defender um estado corrupto na luta de facções.só não tenho motivos pra crer que os empresários da maconha numa futura legalização sejam diferentes dos traficantes q hoje controlam os morros.é evidente q o governo já deixou de ser democrático por virar balcão de negócios,mas o pobrema não está no governo,está nos negócios inclusive de negócios palarelos de membros do governo.de qualquer maneira nunca um pobre até hoje,em países onde a maconha é legalizada ou não conseguiu subir na vida por poder vender a erva.um mercado como esse é pra quem tem mais experiencia no ramo e contatos mais antigos com a burocracia governamental,ou seja os traficantes dos morros.as 4 facções do rio estão lá desde os anos 80 e não dão espaço pra surgimento de outras facções,até porque se fosse o contrário,teriam deixado o varejo produzir o crack a maistempo,mas não lhe eram permitidos,porque era mais barato que a cocaína e iria fazer concorrencia,desvalorizando o produto e baixando os lucros numa atividade quase industrial com uso de produtos químicos caros e de alto custo com venda pra turistas da região sudeste,o que se formou quase um oligopólio da droga com 5 clãs da droga na região sudeste.

  100. Marcelo disse:

    “não tenho motivos pra crer que os empresários da maconha numa futura legalização sejam diferentes dos traficantes q hoje controlam os morros”
    Ah não? Por acaso vc já viu o comércio de qualquer coisa legalizada sendo gerido como os traficantes fazem nas favelas? Com crianças e adolescentes armados com fuzis? A skol trabalha assim? A Brahma? A 51? A Souza Cruz? As farmácias especializadas em maconha na califórnia? Os Coffe Shops na Holanda? Qualquer uma destas empresas já foi pega disputando territórios à bala?
    A violência associada à maconha vai acabar quando legalizarmos porque pessoas de bem e trabalhadoras, como eu, vão querer entrar no negócio. Será o fim do oligopólio dos crimnosos violentos e corruptos, que vc mesmo citou, neste mercado bilionário.
    Se vc quer esta gente montada na grana enquanto inocentes morrem no fogo cruzado então apóie a proibição. Ela não serve para mais nada.

  101. ricardo disse:

    bem,a bebida de forma global nunca chegou a ser proibida.segurança privada,mercado negro e outros setores q não geraram o lucro que se esperava se tornam um comércio tenso.comparar a legalização de drogas na holanda com uma legalização brasileira é a mesma coisa de equivaler o comércio de armas no eua e no iraque.o brasil não tem emprendedorismo pra realizar uma transição calma pra um comércio pacífico.vc defende a legalização,já descartando a possibilidade de se acabar e/ou substituir o tráfico,mas nenhuma possibilidade futura pode ser descartada.

  102. Marcelo disse:

    Já tentaram proibir o álcool nos EUA. Quer saber no que deu? Veja o link abaixo:
    http://veja.abril.com.br/blog/denis-russo/drogas/duas-drogas/
    Não fui eu quem “descartou” a “possibilidade” de acabar cm o tráfico, foi a própria realidade. Não basta um século de matança para você reconhecer que é impossível erradicar a maconha?

  103. ricardo disse:

    bem,ouvi falar desse caso e realidade brasileira,de fato é mais parecida com a americana do que com a holandesa.só não podemos usar a legalização com o intuito de acobertar vacas sagradas como alvaro uribe velez que seria absolvido de seus massacres por estar traficando anonimamente.eu como reparar ofensas infundadas as farc?e os falsos positivos?a legalização é boa por trazer uma resposta menos militar e mais política,fundamentada e responsável.mas se políticos da corja de uribe forem anistiados por estarem “em serviço” esse tempo todo,eu serei o primeiro a ir contra a anistia dos traficantes,o que aparenta ser essa legalização.legalização,só prendendo os traficantes da era da ilegalidade,a chamada velha guarda do tráfico.e isso não é stalinismo,é garantir uma concorrencia justa com os novos produtores da erva numa era pós-legalização.prender,não por narcotráfico,mas por crimes econômicos seria uma boa saída pra legalização.

  104. Marcelo disse:

    Para haver justiça quem vendia maconha e se envolveu em outros crimes deve ser punido por todos os crimes que comenteu e quem não o fez, quem apenas vendia maconha deveria ser anistiado. Simples assim

  105. ricardo disse:

    bem,uma legalização assim podia servir como uma oportunidade pra redistribuir as terras de forma melhor.quem sabe com gabeira presidente,teremos vontade política…

  106. ricardo salazar stálin disse:

    1- A legalização das drogas acabará com o comércio ilegal de drogas.

    É estúpido achar que um “comerciante” que já é competitivo em um mercado sem regras não o seria em um mercado regulado. Com o mercado legalizado e regulado, muito provavelmente o comercio legal teria vários limites e padrões impostos por órgãos da burocracia governamental, e a “droga legal” seria muito mais cara do que a ilegal, da mesma forma como o tênis vendido em loja é muito mais caro do que o pirata vendido em camelô.
    Além do mais, por que um viciado em maconha que quer comprar 100 gramas de fumo não compraria 10 gramas na farmácia e os outros 90 na boca de fumo ilegal?

    Por que um viciado em cocaína que quer comprar cinco gramas de pó não iria comprar dois gramas na farmácia e o resto na “boca”?

    Por que um viciado sem dinheiro para pagar a dose vendida legalmente não iria na “boca” comprar a droga mais barata, sem impostos e mesmo fora dos padrões de qualidade?

    Na prática, um traficante que hoje está 100% ilegal no seu negócio, se ele for esperto, vai montar outro negócio 100% legal e vai continuar mantendo o seu atual que não depende de autorizações legais e nem de coisa nenhuma além da demanda. Por que faturar em uma ponta se pode faturar em duas e ainda usar os benefícios e facilidades dos novos fornecedores legais para melhorar a minha logística, diminuir o risco, e etc.?

    2 – A legalização das drogas vai acabar com a receita financeira dos traficantes.

    Ora, se o comércio legal de medicamentos, roupas, CDs, cigarros, programas de computadores e etc., não acabou com a receita financeira dos contrabandistas e do mercado negro, porque alguém pode achar que a legalização das drogas vai acabar com a receita financeira do trafico?

    Mais uma vez não existe nenhuma lógica que sustente a afirmação.

    3 – A legalização das drogas vai diminuir a criminalidade.

    Certamente o numero de prisões por uso cairão, mas, e as ocorrências motivadas por perturbação mental dos viciados: brigas, confusões e etc.?

    E as ocorrências motivadas pela miséria provocada pelo vício que torna muitas pessoas inúteis para o trabalho e para a vida econômica?

    Ora, na prática, se todos os crimes fossem legalizados, no dia seguinte a criminalidade formal estaria extinta, mas os efeitos maléficos do crime na sociedade não só continuariam a existir, como, muito provavelmente, subiriam a níveis estratosféricos e a sociedade civilizada seria catapultada para a selvageria em poucos dias. Qual imbecil seria capaz de defender esse tipo de coisa?

    4 – A legalização das drogas vai melhorar a qualidade do “produto”.

    Bem, sem dúvida, em alguma medida isso vai acontecer, primeiro porque teremos uma produção em maior escala, formalizada, e regras tanto para essa nova produção como para a nova comercialização. É certo que haverá uma melhora na qualidade, tanto no comércio legal, como no paralelo, e este último certamente encontrará uma forma de se alimentar de novos fornecedores. Só que “qualidade” e preço, de modo geral, sempre andam de mãos dadas, como, aliás, já é hoje no comércio ilegal, no qual os traficantes de primeira linha atendem os endinheirados do “jet set” vendendo “produtos” melhores do que as “bocas” de favela que buscam atender a pessoas de menor poder aquisitivo.

    5 – A legalização das drogas não irá aumentar o numero de viciados.

    Em que pese os números de outros países onde a legalização foi experimentada desmentirem essa afirmação, ainda existe o lado lógico da coisa.

    De acordo com a FEBRAFAR, no Brasil existem 3,34 farmácias para cada 10 mil habitantes, e isso significa que numa cidade como o Rio de Janeiro existem cerca de 2100 farmácias. Supondo que as drogas legais só possam ser comercializadas em farmácias, o novo número de pontos de venda das drogas hoje ilegais seria os das “bocas” já existentes somado a 2100. Qualquer comerciante sabe que quanto mais pontos de venda, maior é a chance de se vender mais, da mesma forma que se você estiver preso numa floresta onde vivem 50 leões você terá mais chance de viver do que se a mesma tiver 300 feras.

    6 – A legalização vai cobrar impostos que serão aplicados na sociedade, saúde e educação.

    É um fato que a parcela de impostos que são revertidos ao beneficio da sociedade está longe de ser igual ao que é arrecadado, e a prova disso disto está na qualidade das escolas públicas, do atendimento dos hospitais, do judiciário e em qualquer outro serviço público existente no Brasil e em qualquer outro país. No caso específico, supondo que a resultante da soma entre receita de impostos com drogas menos o aumento de custos de controle do comércio, mais o aumento de custos com segurança, mais o aumento de custos com saúde publica seja um número positivo, a maior parte dele vai ficar mesmo é na maquina publica, como já fica a maior parte dos impostos que pagamos hoje. Os grandes beneficiados com isso serão, como sempre, os políticos e aqueles que se locupletam da maquina estatal, não a sociedade.

    7 – A legalização das drogas vai acabar ou reduzir o armamento dos bandidos.

    Bandidos se armam para defender seu território e sua riqueza de outros bandidos e da polícia, e ao mesmo tempo, para praticar ações criminosas contra os menos armados ou desarmados (roubos, sequestros, venda de segurança, etc). A quantidade de armas em poder dos criminosos cresce ou diminui em função da quantidade de criminosos existentes, e não em função da legalização de crimes ou da proibição de comércio ou posse de armas. Caso contrário, seria lógico imaginar que em um cenário onde todos os crimes fossem legalizados não existiriam armas, coisa que é na verdade um absurdo.

  107. Marcelo disse:

    Salazar… Stálin, (é… de fato, até combina com o autoritarismo da proibição).
    1. Por que eu compraria maconha de alguém se com a legalização poderei plantar a minha própria erva? O comércio de produtos piratas não causa a violência que observamos no tráfico ilegal de drogas. Sendo legalizadas, obviamente ainda haverão vendedores não regulamentados mas neste comércio praticamente não haverá violência envolvida. Assim como praticamente não há violência alguma envolvida no comércio de produtos piratas.
    2. Nunca dissemos que “acabará” com a receita dos crimnosos. Apenas diminuirá em mais de 90%. Dados da Polícia Federal. O que sustenta esta afirmação é o sucesso da legalização que pode ser observado em diversos países.
    3. Ninguém nunca propôs “legalizar crimes para diminuir a criminalidade”. Propomos sim, legalizar substâncias para que a proibição das mesmas pare de causar muito mais violência, corrupção e demais problemas sociais que você citou do que as próprias substâncias sozinhas causariam. É como se você estivesse tentrando apagar um incêndio com gasolina, proibir drogas só aumenta os danos que elas causam pois com a proibição este problema de saúde pública cresce e vira também um problema de segurança social.
    4.Pois é, mas isto não justifica a proibição. Pelo contrário, no caso da maconha, deveria ser mais um incentivo aos usuários para que plantem sua própria maconha.
    5. Ainda bem que você reconhece que em nenhum lugar que tenha legalizado houve aumento do consumo, isto é uma suposição leviana. Na verdade os países que legalizaram a maconha experimentaram uma significativa redução do consumo de drogas pesadas. Isto porque antes os traficantes vendiam a maconha com uma mão enquanto ofereciam drogas pesadas com a outra. Depois disso eles pararam de vender maconha porque os usuários passaram a plantar a sua própria erva ou a comprar, de qualidade, em locais regulamentados.
    6. Você está enganado, com a legalização haverá uma grande redução do gasto com segurança pública, pois a polícia vai poder se concentrar em reprimir crimes violentos em vez de caçar usuários e pequenos traficantes pobres (e facilmente substituíveis) que a polícia prende só para “mostrar serviço” enquanto os verdadeiros traficantes estão livres e milionários por aí. Com a legalização da maconha em particular não haverá aumento do gasto em saúde. Nunca houve sequer uma morte por uso de maconha. Ela é muito menos prejudicial do que o álcool e o cigarro. Por fim, você prefere o dinheiro das drogas nas mãos do governo ou nas mãos de bandidos que armam crianças e adolescentes com fuzis?
    7. Você já viu o dono da 51 disputando território à bala com o dono da Pitú? Ou a Souza Cruz recrutando crianças e adolescentes como soldados para matar e morrer defendendo o comércio dos seus produtos? O mesmo acontecerá com o comércio de maconha e outras drogas após a legalização. Ele será civilizado, sem violência. Se alguém se prejudicará serão apenas os usuários de drogas mais irresponsáveis e dependentes. No modelo atual toda a sociedade se prejudica com a violência associada ao tráfico muito mais do que estas drogas em si poderiam prejudicar.
    Cara, não basta um século de matança para entender que simplesmente proibir drogas não funciona? Elas continuam existindo, o consumo aumenta e ainda por cima somos obrigados a viver em meio a uma guerra civil interminável. Provavelmente você não usa drogas ilegais e nem se importa se viciados e traficantes são assassinados todos os dias mas, lembre-se, todo dia esta guerra mata gente inocente, um dia pode ser um familiar seu morto por uma bala perdida como a que matou um menino de 11 anos recentemente e que, diga-se de passagem, saiu do revólver de um policial que alegou estar combatendo traficantes. Para você esta guerra justifica mortes inocentes? Se sim então o seu problema é moral mesmo. Não tem cura.

  108. ricardo disse:

    bem,meu sobrenome é salazar(tenho anscendencia portuguesa) coloquei stálin pelas minhas convicções políticas(embora não concorde com tudo que ele fez na rússia,como apoiar a igreja ortodoxa).não acho que se tenha de promover uma guerra longa,mas pode até legalizar,desde que o hábito caia em desuso e vire contravenção(como um bordéu,a lei não proibe e a população não aceita).mas eu não sou contra a legalização,principalmente com funções médicas.

  109. ricardo disse:

    bem,quanto a pirataria ,ela termina financiando o tráfico.

Deixar mensagem para reynaldo Cancelar resposta